Atualmente, existem 11 missões de paz operando pelo mundo com mais de 68.500 profissionais em ação.
Realidades de hoje e desafios do amanhã
Em mensagem de vídeo, o secretário-geral da ONU, António Guterres, falou sobre o tema deste ano “o futuro das operações de paz no mundo” e a importância das missões para países em conflito.
Segundo Guterres, mais do que nunca, o mundo precisa das Nações Unidas e as Nações Unidas precisam de operações de paz plenamente equipadas para as realidades de hoje e os desafios de amanhã.
A Missão de Paz na República Centro-Africana, Minusca, tem mais de 17 mil militares incluindo 3 mil policiais. Um grupo de brasileiros e portugueses falou à ONU News sobre o contato com a população enaltecendo a coragem e resiliência das pessoas no dia a dia. A major Ana Paula Martins diz que aprende todos os dias com os centro-africanos e com boinas-azuis de outros países.
Culturas e aprendizado
“Todo o dia tem sido um aprendizado muito especial que tem me engrandecido no sentido pessoal e militar. O contato com pessoas de diversas partes do mundo e também a oportunidade de aprender um pouco a cada dia com a maneira como eles trabalham e a respeito de suas culturas tem sido muito interessante.”
Já o capitão Ricardo Fernando Montes e Pinho afirma que a simplicidade dos centro-africanos o cativou.
“As pessoas aqui com tão pouco conseguem na mesma a sorrir, conseguem mostrar um sorriso enorme na cara. A felicidade. Muitas vezes, com menos da metade daquilo que nós temos, conseguem na mesma, através da esperança e através da alegria. Eu consigo ver felicidade na população e nas crianças locais.”
Mortes em serviço
Desde o seu início, em 1948, a ONU já teve 71 missões de paz pelo mundo. Atualmente, mais de 1 mil pessoas são voluntárias nos trabalhos da organização no terreno.
Em sua mensagem, o secretário-geral lembra do sacrifício de muitos boinas-azuis que perderam a vida em ação.
Ele ressalta que mais de 4,4 mil agentes da paz morreram em serviço, 57 somente no ano passado. Guterres afirmou que a ONU jamais os esquecerá e dará continuidade a seu trabalho
O secretário-geral ressalta que muitas áreas onde estão as operações de paz se tornaram ainda mais perigosas por uma multiplicidade de ameaças, como o terrorismo, a desinformação mortal e outros desafios que transcendem fronteiras, da crise climática ao crime transnacional.
Militares premiadas
Ainda neste 29 de maio, duas boinas-azuis da ONU recebem a edição 2024 dos Prêmios Defensora Militar da Igualdade de Gênero e Policial Mulher do Ano.
Sharon Syme, de Gana, receberá a distinção sobre igualdade de gênero e Zainab Gbla de Serra Leoa o de policial do ano pelos seus trabalhos em missões de paz.
*Em parceria com a Missão de Paz das Nações Unidas na República Centro-Africana, Minusca
Fonte: ONU
