Trata-se de um cenário associado às manifestações violentas que se verificam um pouco por todo o país, o que forçou, inclusive, ao cancelamento, ontem, do comboio para Chicualacuala, devido ao bloqueio da linha em Chókwè.
A informação foi prestada ontem, em Maputo, pelo Presidente do Conselho de Administração da CFM, Agostinho Langa, que garantiu que a empresa continua a ser alvo de sabotagem dos seus meios e infra-estruturas.
“Neste momento temos estragos e prejuízos por não realizarmos a carga; continuam a ocorrer situações de apedrejamento das carruagens no transporte de passageiros”, disse.
Acrescentou que a instituição procura fazer a reposição imediata dos bens vandalizados, no entanto estas acções retardam a materialização de alguns projectos estruturantes para o país.
“Os ataques têm acontecido, maioritariamente, no comboio de passageiros que é feito praticamente de forma gratuita para o bem popular, porque subsidiamos com o que produzimos no de mercadorias. Estamos resilientes e continuamos a resistir mas fazemos apelos para o fim dos bloqueios e vandalizações”, referiu.
Lamentou o cancelamento da viagem a Chicualacuala, referindo tratar-se de um comboio bastante utilizado, inclusive, pelo Zimbabwe na importação de alguns produtos.
“Chamamos à atenção das pessoas a terem consciência de que o que estão a estragar é para o seu próprio benefício. Que estejam cientes de que o principal prejudicado é o povo”, frisou.
Agostinho Langa falava no contexto da doação ao Ministério da Saúde de perto de quatro mil litros de iodopovidona, de uso nos blocos operatórios.
A doação enquadra-se no cumprimento da sua responsabilidade social e corporativa e nas celebrações dos 130 anos dos CFM.
Foto: Arquivo
Fonte: Jornal Noticias