Declarações de Vasco Seabra, técnico do Arouca, na sala de imprensa do Estádio Municipal de Arouca, após a vitória pela margem mínima (1-0), na 19.ª jornada da Liga:
[Continuação da sequência positiva e análise ao jogo]«São quatro jogos onde fazemos oito pontos, seis jogos onde fazemos onze, e isso é motivador, porque também é sinal do crescimento da equipa que está, em termos daquilo que é a qualidade e a consistência do jogo, está a ter resultado e frutos em resultados. É importante, também para o sinal de confiança que dá, e para a responsabilidade que temos de, no próximo jogo e na próxima semana, darmos um passo mais em frente.»
«Em relação ao jogo, penso que foi uma primeira parte de domínio praticamente absoluto nosso. Tivemos só duas transições em que permitimos que o Moreirense chegasse à frente. Tirando isso, penso que até aos 37/38 minutos, foi um domínio praticamente absoluto. Nós, com bola, a atrairmos a pressão, a conseguirmos encontrar por dentro ou por fora. Criamos quatro situações muito claras para finalizar, além da série de remates que tivemos. Penso que foi uma primeira muito completa. Nos últimos sete minutos da primeira parte, muita picardia, muito pouco foco na tarefa. Nós temos mais que nos focar naquilo que é a nossa tarefa, porque estávamos realmente a ser muito melhores. Ao intervalo, penso que o resultado era desajustado, perante aquilo que nós tínhamos feito.»
«Na segunda parte, um jogo mais de duelo, de contacto. Muita chuva, um terreno mais difícil, bola mais difícil para controlarmos. De qualquer das formas, a equipa a tentar, não com a mesma fluidez em termos de jogo e de jogo com bola, porque estava mais difícil para conseguir arriscar mais passes, mas a equipa sempre muito estável defensivamente e a conseguir chegar-se à frente também. Penso que, no final, o resultado é justo. Uma boa vitória nossa, que nos dá confiança para nós seguirmos para a próxima semana.»
[Explicação das trocas no onze inicial, com as entradas de três suplentes utilizados do encontro anterior]«Hoje, vocês nem sequer viram o Pedro Santos na ficha de jogo. O Pedro está de cama, doente, por isso não pôde estar sequer no jogo. Logo aí, há uma justificação, embora o Fukui tenha feito realmente uma semana de treinos muito boa e já estivesse aí a dúvida no ar.»
«Em relação ao Jason, a verdade é que ele passou muito mal a noite do jogo do Vitória de Guimarães, fez um esforço muito grande para conseguir ir a jogo. Foi uma decisão que foi dele, acabou por sair ao intervalo já com alguma queixas físicas pelo esforço que fez, porque passou a noite desse jogo com uma gastroenterite. Estes primeiros três dias da semana, não treinou e esteve com limitações durante a semana. Mais uma situação que acabou por acontecer e que não retira mérito a quem entra, mas são incidência do jogo.»
«Na frente, é uma luta titânica, felizmente. O Dylan (Nandín), o (Guven) Yalçin e o Henrique (Araújo) dão-me essa solução. Mérito também da estrutura, que os contratou e me permite ter essas dores de cabeça. São três pontas de lança completamente diferentes e os três têm coisas diferentes que podem acrescentar ao jogo. O Guven é um jogador mais segundo-avançado, de procurar espaços que possam ser mais em apoio. Defensivamente, não é tão abrangente quanto, por exemplo, o é o Henrique em termos de fecho de espaços. Depois o Henrique não é tão profundo, mas ao mesmo tempo consegue ser um jogador de apoios frontais interessante, com muita qualidade, que deixa sempre de frente, percebe bem o jogo. O Dylan é mais explosivo, de profundidade.»
«Conseguimos ter essas nuances, para este jogo foram essas razões e, por outro lado também, as boas semanas do Fukui e do Sylla, que me permitiram, perante aquilo que são as entradas, eles mostrarem que realmente estão dispostos para competir pelo onze e para toda a gente estar viva no nosso plantel.»
Fonte: Mais Futebol