Início Desporto Vítor Bruno: «Há muitos que querem, outros não querem tanto»

Vítor Bruno: «Há muitos que querem, outros não querem tanto»

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Gil Vicente-FC Porto (Manuel Fernando Araújo/Lusa)

Vítor Bruno, treinador do FC Porto, em declarações à Sport TV, depois da derrota, em Barcelos, diante do Gil Vicente (1-3), em jogo da 18.ª jornada da Liga:

Que leitura é que faz deste jogo?

«Foi um jogo em que o adversário na primeira aproximação faz um golo, a equipa tem volume, tem chegada à baliza, mas depois tem pouco critério na definição. Tem dificuldade em definir melhor no último momento para ir para golo. Na segunda parte temos uma entrada forte, fazemos o golo, a equipa está bem, está a crescer, a sentir-se galvanizada, mas aquele segundo golo acaba por deitar abaixo animicamente a equipa. A equipa depois tem dificuldade, vai tentando, com o coração e acaba por fazer o 2-2 num lance, outra vez, estranho. Acaba por ser revertido e depois sofre o 3-1 de penálti e prontos, o jogo aí acaba, mas é um duro golpe, na forma sobretudo como levamos o segundo golo que acaba por aniquilar tudo aquilo tínhamos aqui preparado e lançado ao intervalo».

O FC Porto tem muito volume, mas depois decide mal quando chega à finalização. São nervos ou a equipa está a perder dinâmicas?

«A verdade é que nesta fase o que sentimos é que o adversário capitaliza tudo aquilo que vai criando. Nós criamos ocasiões, não muito evidentes, mas precisamos de um bocadinho de melhor definição, se calhar tem a ver com esta fase em que estamos agora mergulhados. É preciso gente com carácter. Hoje a equipa lutou, foi à luta, nunca se encolheu. Na segunda parte a equipa também tenta numa fase difícil, a perder por 1-0 e faz o 1-1. Tem uma boa reação, uma reação forte de equipa grande, mas, depois, num detalhe, um primeiro desvio, uma segunda bola e, neste momento, estamos a ser demasiado castigados com os erros que cometemos»

Fora de casa tem sido um pesadelo. Não é normal o FC Porto só ter cinco vitórias em catorze jogos. São números muito diferentes em relação àquilo que o FC porto faz em casa.

«Podemos encontrar justificações, ir à procura delas e fazer a análise que temos de fazer. A verdade é que esta fase está a custar, já tivemos jogos fora de casa com equipas que estão bem no campeonato bem conseguidos, em Guimarães, em Moreira, nos Açores, com o Santa Clara. Temos de analisar, cada jogo é um jogo, tem uma história própria, cada um deles tem uma vida diferente, é preciso perceber o que nos está a faltar».

Gonçalo Borges disse que a culpa não é só do treinador, é também dos jogadores e diz que, daqui para a frente, será tempo de ver homens em campo.

«Sim, mas isso estamos fartos de dizer. Se calhar precisamos de fazer um exercício, se calhar não somos aquilo que pensamos que somos nesta fase»

Pepê ficou de fora por opção técnica. Nem todos os jogadores estão comprometidos da mesma forma?

«O Pepê não está aqui por vontade dele. Quando um jogador se autoexcluí de participar nos jogos, o treinador tem pouco a fazer. Há muitos que querem, outros não querem tanto. Quem quer veio ao jogo, lutou, entregou-se de alma. Isto é para quem quer»

Tem força para continuar? Nesta altura tem mais dúvidas ou mantém-se firme?

«Quando sentir que sou um problema, sou o primeiro a dizê-lo. Neste momento sinto que sou parte da solução».

Fonte: Mais Futebol

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