Justino Francisco foi no sábado, 3 de Maio, eleito novo presidente da Federação Moçambicana de Natação (FMN) na disputa contra o professor Inácio Bernardo, no decurso da assembleia-geral extraordinária convocada para o efeito.
A eleição de Justino Francisco foi antecedida pela assembleia-geral, que tinha como pontos de agenda a apresentação do relatório de actividades e contas do período 2021/2024 e do plano estratégico revisto da época 2020/2024; debate e aprovação da proposta de revisão pontual dos estatutos, incluindo a mudança do nome e logótipo da federação e a introdução da Comissão de Atletas; bem como da proposta do plano de actividades da temporada 2024/2025.
A eleição de Justino Francisco relembra o escrutínio de 2014 em que o dirigente da modalidade foi decidido através do voto de qualidade, nesse caso atribuído à Mesa da Assembleia-Geral da FMN, que abriu o caminho para que Fernando Miguel vencesse Deolinda Mabote após empate na votação feita pelas associações provinciais.
É que Justino Francisco e Inácio Bernardo saíram igualados na votação num universo de seis eleitores (3-3), nomeadamente as associações de natação de Maputo cidade e província, Inhambane, Sofala, Manica e Tete.
Faltou a associação de Nampula, cujo voto teria feito a diferença e determinado o vencedor de forma mais aceitável e evitaria alguns ânimos depois que o empate foi anunciado pela Mesa da Assembleia Geral, facto que abriu espaço para que o próximo presidente da FMN fosse definido com base no voto de qualidade, que segundo o regulamento eleitoral, sustentado pelos estatutos em vigor, cabia à Associação de Natação da Cidade de Maputo (ANCM), que curiosamente suportou a candidatura de Justino Francisco.
O regulamento prevê que, em caso do empate, o desempate será feito com base no voto de qualidade, que neste caso foi exercido pela associação com maior número de membros, sendo neste caso a da cidade de Maputo, que congrega maior número de clubes.
Enquanto alguns integrantes da sua lista questionavam o inquestionável, com tentativas de influenciar a Mesa da Assembleia Geral, dirigida por Dina Ribeiro, a assumir o exercício do desempate (voto de qualidade) quando a solução para o efeito já havia sido definido pelo respectivo regulamento aprovado pela federação e distribuído previamente pelas associações, eis que Inácio Bernardo pediu alguns minutos para a concertação com o seu grupo e para a salvaguarda do seu bom nome, não alinhou com vozes contraditórias e reapareceu na sala para dizer que seja cumprido o estatuído e que coubesse à direcção do candidato eleito trabalhar para a revisão do modelo vigente, caso se conclua que não é o mais correcto. Felicitou o adversário com um abraço fazendo cessar as confrontações que haviam tomado conta da sala entre alguns dos membros das listas oponentes.
Fonte: Jornaldesafio