Foram-se os tempos em que os idosos eram vistos como bibliotecas vivas, guardiões da sabedoria, da memória e da cultura. Em cada ruga, um capítulo. Em cada mão calejada, uma história. Em cada passo lento, a travessia de uma vida inteira.
Hoje, essas bibliotecas silenciosas são esquecidas…
E pior: muitas vezes são destruídas pelas mãos que deveriam zelar por elas.
Uma era em que o respeito envelheceu e os valores se perderam. Onde rostos marcados pelo tempo são confundidos com sinais de feitiçaria, e não mais como sinónimo de experiência. Onde o abandono, o preconceito e a violência substituem o carinho, o cuidado e a escuta.
A velhice, que deveria ser o tempo do repouso merecido e da honra recebida, transforma-se em pena silenciosa, em solidão e medo.
Hoje, mais do que nunca, é urgente lembrar que: proteger um idoso é proteger a nossa própria história.