Os preços do ouro subiram ligeiramente esta terça-feira, revertendo parte das perdas acentuadas da véspera, à medida que os investidores aguardam os dados de inflação dos EUA que poderão definir o rumo da política monetária da Reserva Federal. A expectativa de um corte de juros em Setembro reforça o apelo do metal precioso como activo de refúgio num cenário de taxas mais baixas.
Depois de recuar 1,6% na segunda-feira, para o nível mais baixo em uma semana, o ouro spot recuperou 0,3%, fixando-se em 3.354,91 USD por onça, enquanto os contratos futuros para entrega em Dezembro permaneceram estáveis nos 3.405,40 USD. A queda anterior foi precipitada pelo anúncio do Presidente dos EUA, Donald Trump, de que as tarifas sobre barras de ouro importadas não serão aplicadas, dissipando receios no mercado.
Analistas indicam que o foco imediato dos investidores está nos dados do núcleo do Índice de Preços no Consumidor (CPI) dos EUA, que deverão registar um aumento de 0,3% em Julho, elevando a taxa anual para 3%, acima da meta de 2% da Fed. Um resultado abaixo do esperado poderá fortalecer as expectativas de corte de juros já em Setembro, reduzindo o custo de oportunidade de deter ouro.
Segundo Kelvin Wong, analista sénior de mercado da OANDA, “o rendimento das obrigações do Tesouro a 10 anos dos EUA permanece abaixo de níveis-chave de resistência, o que poderá também dar suporte aos preços do ouro”.
Apesar da atenção centrada nos indicadores macroeconómicos, o prolongamento por mais 90 dias da trégua tarifária entre EUA e China teve impacto limitado sobre o mercado do ouro, com os investidores mais focados na trajectória das taxas de juro.
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p dir=”ltr”>No segmento de outros metais preciosos, a prata valorizou 0,7% para 37,88 USD por onça, a platina ganhou 0,3% para 1.330,25 USD, e o paládio avançou 0,9% para 1.145,47 USD.
Fonte: O Económico
