Resumo
O FMI alertou que Moçambique precisa de consolidar as finanças públicas, flexibilizar o câmbio e implementar reformas estruturais para manter a estabilidade macroeconómica. A missão do FMI destacou um ambiente económico complexo, com recuperação lenta, restrições financeiras e incerteza persistente. É urgente implementar reformas coordenadas para evitar uma deterioração futura. A atividade económica está a recuperar, mas enfrenta limitações devido à escassez de divisas, ambiente restritivo de financiamento e incerteza política pós-eleitoral. A retoma do projeto de gás da TotalEnergies e a saída de Moçambique da lista cinzenta do GAFI são vistos como positivos. No entanto, o país enfrenta riscos fiscais e de dívida elevados, que pressionam a economia e limitam a capacidade de resposta do Estado, sendo necessárias reformas profundas para um crescimento sustentável.
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p style=”margin-top: 0in;text-align: justify;background-image: initial;background-position: initial;background-size: initial;background-repeat: initial;background-attachment: initial”>O FMI adverte que a estabilidade macroeconómica exige consolidar as finanças públicas, flexibilizar o câmbio e acelerar reformas estruturais orientadas para o sector privado.
A missão do Artigo IV realizada entre 12 e 21 de Novembro concluiu que Moçambique atravessa um ambiente macroeconómico complexo, marcado por recuperação lenta, restrições financeiras, pressões cambiais e incerteza persistente. O FMI sublinha que a estabilidade macroeconómica exige reformas urgentes e coordenadas para evitar deterioração futura.
Recuperação Económica Continua Condicionada
O FMI refere que a actividade económica está a recuperar após a contracção severa de finais de 2024, mas essa retoma permanece limitada pela escassez de divisas, pelo ambiente restritivo de financiamento e pela incerteza política resultante dos confrontos pós-eleitorais. Apesar da inflação permanecer contida, a economia mostra sinais de fragilidade estrutural.
Sinais Positivos: Gás Natural e Reputação Internacional
O anúncio da retoma do megaprojecto de gás da TotalEnergies e o levantamento da força maior pela ExxonMobil oferecem expectativas de melhoria no médio prazo. A saída do país da lista cinzenta do GAFI é vista como um passo importante para restaurar credibilidade institucional e atrair mais investimento externo.
Riscos Fiscais e de Dívida Continuam Elevados
A missão do FMI evidencia que Moçambique enfrenta vulnerabilidades fiscais e de dívida significativas, incluindo atrasados do Governo, que pressionam a actividade económica e limitam a capacidade de resposta do Estado. Estas fragilidades, segundo o Fundo, são incompatíveis com um crescimento robusto e sustentável sem reformas profundas.
FMI Defende Acção Coordenada e Reformas Estruturais
O Fundo recomenda que Moçambique adopte um pacote integrado que inclua consolidação orçamental com protecção aos mais vulneráveis, maior flexibilidade cambial e reformas orientadas para o reforço da governação e o dinamismo do sector privado. Para a instituição, a articulação entre estas medidas é determinante para restaurar a confiança, melhorar as perspectivas de investimento e estabilizar a economia.
Estabilidade Depende de Decisões Políticas Firmes
O FMI sublinha na declaração alertando que, sem acção política decisiva e coordenada, as vulnerabilidades poderão agravar-se e comprometer o bem-estar da população. A missão agradece o envolvimento das autoridades e parceiros, mas frisa que o caminho para a estabilidade depende agora de escolhas claras e firmes.
Fonte: O Económico






