O OCHA aponta que a maior parte da assistência veio do Grupo de Segurança Alimentar e Meios de Subsistência, que alcançou as 782 mil pessoas, mas com distribuições bimestrais que cobrem apenas 39% das necessidades calóricas. Sem contar a ajuda alimentar, o número de beneficiários cai drasticamente para 427 mil.
O financiamento também sofreu uma forte queda: foram mobilizados apenas 66 milhões de dólares (cerca de 56,2 milhões de euros), face a uma necessidade de 352 milhões de dólares (cerca de 299,9 milhões de euros), o que representa uma redução de quase 45% em relação a 2024. Além disso, o número de organizações envolvidas passou de 78 para 56, incluindo 26 ONG internacionais, 21 nacionais, seis entidades governamentais e três agências da ONU. Atualmente, as ONG moçambicanas e as instituições do governo respondem por quase metade das operações.
Diante desta limitação, o Plano de Ação para o Desenvolvimento Sustentável de 2025 foi “hiper priorizado” em março, dando maior atenção aos distritos de Macomia, Muidumbe, Nangade e Quissanga. No entanto, a ONU destaca que a ajuda continua concentrada em segurança alimentar, enquanto áreas essenciais como abrigo, saúde, higiene e proteção permanecem gravemente carentes.
Paralelamente, a província enfrenta novos ataques armados desde julho, com incidentes em Chiúre, Muidumbe, Quissanga, Ancuabe, Meluco e, mais recentemente, em Mocímboa da Praia.
A província de Cabo Delgado regista um aumento de ataques terroristas desde Julho, tendo sido alvos os distritos de Chiúre, Muidumbe, Quissanga, Ancuabe, Meluco e mais recentemente Mocímboa da Praia.
Fonte: O País