Segundo o diretor-Geral da ANAC, Pejulo Calenga, os ataques comprometeram directamente a principal fonte de receitas da reserva e afectaram os operadores que ali catuam. “Tivemos registro de mortes, tanto do lado do corpo de fiscalização como das Forças de Defesa e Segurança. Esta situação impactou negativamente a imagem da Reserva e interrompeu a actividade turística, que é vital para a sustentabilidade da conservação”, afirmou.
Apesar da gravidade da situação, Calenga sublinha que há evolução no terreno. “Desde o início dos ataques, temos estado a trabalhar permanentemente com as Forças de Defesa e Segurança e com todas as autoridades da província para facilitar operações que conduzam à restituição da estabilidade”, explicou.
Com base em informações fornecidas pelas autoridades militares no terreno, a ANAC reporta uma tendência de retirada dos grupos insurgentes da Reserva em direção à província de Cabo Delgado. “Continuamos ainda com um ambiente desafiante, mas temos indicações claras de que os insurgentes estão a deslocar-se para fora da reserva. Este cenário traz um sinal de esperança e abre espaço para pensarmos no futuro da área após este período de tensão”, afirmou o responsável.
“Estamos diariamente a monitorar a situação, em contacto direto com os operadores, a administração da reserva e as Forças de Defesa e Segurança, para assegurar que, num futuro próximo, tenhamos a situação totalmente controlada”, garantiu.
Pejulo Calenga aproveitou ainda para manifestar solidariedade às famílias que perderam entes queridos durante os ataques e reiterou o compromisso da ANAC em continuar a apoiar os esforços de estabilização.
Fonte: O País