Resumo
O Banco Central Europeu (BCE) decidiu manter as taxas de juro inalteradas em 2%, indicando confiança na resiliência da economia da Zona Euro. Após reduzir a taxa de referência até Junho, o BCE considera a economia em “bom lugar”, adiando possíveis novos cortes para o final do ano. Christine Lagarde, presidente do BCE, destaca que a inflação está controlada, mas reconhece incertezas, como os efeitos das novas tarifas comerciais. O debate sobre novos cortes será retomado em Dezembro, com a probabilidade de um último corte até 2026 a cair para 40%. O BCE mantém uma postura cautelosa, equilibrando a recuperação económica com a estabilidade dos preços, enquanto monitoriza variáveis externas e mantém-se atento a possíveis cortes da Reserva Federal norte-americana.
Resumo gerado automaticamente em 12/09/2025 às 11:49
O Banco Central Europeu (BCE) decidiu, esta quinta-feira, manter as taxas de juro inalteradas em 2%, reforçando a sua visão de que a economia da Zona Euro continua resiliente. A decisão afasta, para já, a possibilidade de novos cortes, embora o tema possa voltar à agenda no final do ano.
Após ter reduzido pela metade a taxa de referência até Junho, o BCE mantém-se em pausa desde então, argumentando que a economia do bloco de 20 países se encontra “num bom lugar”, segundo palavras da presidente Christine Lagarde.
Os dados recentes confirmam esta percepção, permitindo ao banco central ganhar tempo para avaliar o impacto de variáveis externas: tarifas norte-americanas, aumento da despesa pública na Alemanha, possíveis cortes da Reserva Federal e a instabilidade política em França.
Lagarde sublinhou que a inflação está dentro da margem desejada pela instituição, reforçando que o cenário doméstico é sólido. Ainda assim, reconheceu que persistem incertezas, nomeadamente quanto aos efeitos plenos das novas tarifas comerciais.
Fontes próximas do Conselho de Governadores admitem que o debate sobre novos cortes não está encerrado, mas deverá ser retomado apenas em Dezembro, quando existir maior clareza sobre o rumo da economia.
Nos mercados financeiros, a reacção foi imediata: a probabilidade atribuída a um último corte até à Primavera de 2026 caiu para 40%, um valor inferior ao registado antes da decisão. Em contraste, a expectativa é de que a Reserva Federal norte-americana avance com seis cortes até 2026, reforçando a divergência entre políticas monetárias dos dois lados do Atlântico.
Lagarde assinalou ainda que dois riscos saíram do “radar” da instituição: a possibilidade de retaliação europeia às tarifas e a incerteza no comércio internacional, que se encontra hoje mais atenuada após recentes acordos, incluindo o pacto que fixou um imposto de 15% sobre a maioria das importações dos EUA oriundas da União Europeia.
Com este posicionamento, o BCE mantém uma abordagem cautelosa, equilibrando o objectivo de consolidar a recuperação económica com a necessidade de preservar a estabilidade dos preços.
Fonte: O Económico
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