Início Economia Serviço da Dívida Externa Cai 53%, Mas Riscos de Sustentabilidade Persistem

Serviço da Dívida Externa Cai 53%, Mas Riscos de Sustentabilidade Persistem

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    <div class="ai-enhanced-content" data-ai-summary="true" data-ai-summary-timestamp="12/09/2025 às 12:40" style="background: #f8f9fa; padding: 20px; border-left: 4px solid #0073aa; margin-bottom: 30px;">
        <h3 style="margin-top: 0; color: #0073aa;">Resumo</h3>
        <p style="margin-bottom: 10px; line-height: 1.6;">No segundo trimestre de 2025, a dívida externa de Moçambique diminuiu significativamente para US$ 98,63 milhões, uma redução de 53,1% em relação ao trimestre anterior. Enquanto a pressão sobre as contas externas aliviou, a dívida interna continuou a crescer, atingindo cerca de US$ 6.963,92 milhões, com destaque para as novas emissões da Facilidade de Crédito do Banco Central. A dependência do Tesouro no mercado doméstico, principalmente em Obrigações e Bilhetes do Tesouro, levanta preocupações sobre o custo de financiamento e a liquidez no sistema financeiro. Apesar do alívio temporário, a sustentabilidade da dívida pública permanece vulnerável devido à baixa capacidade de receitas fiscais e aos riscos de choques externos e climáticos. A gestão equilibrada do financiamento interno e externo, juntamente com reformas estruturais, será crucial para manter a estabilidade macroeconómica e a confiança dos credores internacionais em Moçambique.</p>
        <small style="color: #6c757d;"><em>Resumo gerado automaticamente em 12/09/2025 às 12:40</em></small>
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        <div id="dslc-theme-content"><div id="dslc-theme-content-inner"><span style="font-weight: 400">O serviço da dívida externa de Moçambique registou uma redução expressiva no segundo trimestre de 2025, fixando-se em </span><b>US$ 98,63 milhões</b><span style="font-weight: 400">, menos </span><b>53,1%</b><span style="font-weight: 400"> que no trimestre anterior. O alívio temporário nas obrigações externas contrasta, contudo, com o crescimento contínuo da dívida interna, evidenciando riscos de sustentabilidade que </span>

Segundo o Boletim Trimestral sobre a Dívida Pública, no período entre Abril e Junho de 2025, a estrutura de pagamentos da dívida externa revelou-se mais leve, com destaque para a amortização de US$ 81,77 milhões em capital e US$ 16,86 milhões em juros. Esta queda acentuada em relação ao trimestre anterior contribuiu para aliviar a pressão sobre as contas externas e criou alguma margem orçamental no curto prazo.

Porém, a dívida interna seguiu trajectória oposta. O stock atingiu MZN 444.994,55 milhões (≈ US$ 6.963,92 milhões), representando um aumento de 0,4% em comparação com o trimestre anterior. O incremento foi impulsionado pelas novas emissões no âmbito da Facilidade de Crédito do Banco Central, cujo peso cresceu 9,1% no trimestre.

A composição da dívida interna manteve-se concentrada em Obrigações do Tesouro (172,6 mil milhões MZN, 38,8%) e Bilhetes do Tesouro (149,4 mil milhões MZN, 33,6%), enquanto a componente ligada ao Banco Central e a outros financiamentos representou 27,6%. Este perfil evidencia a forte dependência do Tesouro do mercado doméstico, com implicações para o custo de financiamento e para a liquidez no sistema financeiro.

Riscos de Sustentabilidade

Apesar do alívio temporário no serviço da dívida externa, o quadro global mantém sinais de vulnerabilidade. Três factores destacam-se:

Embora o Banco de Moçambique tenha reduzido a taxa MIMO para 11% em Maio de 2025, ajudando a aliviar o custo da dívida interna, a sustentabilidade da dívida pública continua condicionada pela baixa capacidade de geração de receitas fiscais, pela dependência de financiamento concessionário e pelos riscos associados a choques externos e climáticos.

Perspectiva

O futuro da sustentabilidade da dívida dependerá da capacidade do Governo em gerir de forma equilibrada as necessidades de financiamento e em assegurar que o recurso ao endividamento interno e externo se faça em condições mais favoráveis. A consolidação fiscal, combinada com reformas estruturais e melhor desempenho do sector empresarial do Estado, será determinante para evitar que a actual trajectória comprometa a estabilidade macroeconómica e a confiança dos credores internacionais.

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Fonte: O Económico

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