As alegações finais do julgamento por por agressão sexual de Luis Rubiales à jogadora Jenni Hermoso terminaram esta sexta-feira. Ainda não há data definida para a sentença.
O episódio começou no dia 3 de fevereiro, quando o antigo presidente da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF), foi acusado por agressão sexual, devido ao beijo não consentido à jogadora, na final do Mundial 2023. O ex-presidente também foi julgado pelo crime de coerção, juntamente com outros ex-dirigentes da RFEF, por pressões à jogadora, nos dias seguintes ao beijo, para que fizesse uma declaração pública a desvalorizar o caso.
O Ministério Público manteve o pedido de dois anos e meio de prisão, por entender que «foi um beijo não consentido, sem dúvidas», como afirmou a procuradora Marta Durántez Gil. Já a defesa de Rubiales pediu a absolvição do mesmo, alegando que, embora o ato possa ter sido inadequado, não foi criminoso, argumentando que Hermoso deu o consentimento.
«Pode não ter gostado do próprio contacto físico ou a repercussão imediata que o beijo teve em Espanha e noutras partes do mundo, mas isso não invalida o consentimento, nem transforma essa conduta [de Rubiales] num delito», acrescentou a advogada de defesa, Olga Tabau Martínez.
Já o advogado da jogadora rejeitou tal versão, defendendo que, devido à hierarquia, «não foi consentimento, mas subjugação», não existindo qualquer prova que Jenni Hermoso tenha concordado com o beijo e que a jogadora, a quem Rubiales agarrou a cabeça, «não tinha possibilidade de escapar».
A advogada da Associação de Futebolistas Espanhóis, que se instituiu como acusação popular, reforçou que o ex-presidente usou «toda a estrutura federativa» para se proteger.
Rubiales deixou a presidência da RFEF em setembro de 2023 e foi suspenso pela FIFA, um mês mais depois, de todas as atividades relacionadas com futebol.
Fonte: Mais Futebol