Após visitar o Museu Histórico de Tipaza, classificado como Património Mundial da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), o Chefe do Estado realçou o significado do local e a sua ligação com a civilização romana.
O estadista moçambicano observou ainda a importância da preservação para a transmissão às gerações futuras. “O outro aspecto importante que nós queríamos fazer referência aqui é a questão da manutenção deste monumento, que é extremamente importante para as futuras gerações”, disse, sublinhando que Moçambique possui exemplos que podem seguir esta mesma lógica de valorização.
Ao estabelecer paralelismos, o Presidente Chapo mencionou a Ilha de Moçambique, primeira capital do país e igualmente Património Mundial da UNESCO, além de outros locais de relevância histórica e arqueológica. “Temos também várias zonas arqueológicas, como o Manyikeni, que está em Vilankulo, em Inhambane, que serviu na altura do Império Monomotapa, que era um centro comercial para a exportação, do hinterland para várias partes do mundo”, referiu.
O Chefe do Estado destacou a ligação destas rotas comerciais à história universal. “A Rota de Seda, que se faz referência hoje, na Ásia, passava por aquela zona. E nós achamos que é preciso transportar estas experiências para Moçambique, porque não só valem para a história, para a arqueologia, mas também para o turismo”, frisou.
Segundo o governante, Tipaza constitui um exemplo claro de como o turismo pode ser um motor económico.
O estadista referiu igualmente outros exemplos nacionais com potencial para alavancar a economia através da preservação e promoção do património. “Temos também, como sabem, o Parque [Nacional] de Maputo, que foi também reconhecido como Património Mundial da Humanidade pela UNESCO”, destacou.
Outrossim, defendeu que a protecção e valorização destes locais devem estar associadas à educação e ao fortalecimento da identidade nacional. “Temos falado que precisamos de educação cívico-patriótica por parte da juventude, mas é importante também falarmos da nossa história, porque quem não tem o passado, não tem o presente, não consegue projectar o futuro”, sublinhou.
Chapo reafirmou ainda a necessidade de transformar o património moçambicano em activos sustentáveis.
Fonte: O País