Início A Semana Sociedade Chapo exorta a um constitucionalismo vibrante nos 50 anos da Lei Fundamental 

Chapo exorta a um constitucionalismo vibrante nos 50 anos da Lei Fundamental 

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O Presidente da República, Daniel  Chapo, apelou, hoje, a um aprofundamento da democracia e à  consolidação do Estado de Direito em Moçambique, por ocasião da  abertura do Seminário Comemorativo dos 50 Anos do  Constitucionalismo Moçambicano, promovido pelo Conselho  Constitucional. 

Na sua intervenção, o Chefe do Estado destacou a importância da  Constituição como pilar da soberania nacional e apelou ao debate aberto e inclusivo sobre o futuro do sistema constitucional  moçambicano. 

O Presidente da República recordou que a primeira Constituição do país foi  aprovada a 20 de Junho de 1975, na Praia do Tofo, em Inhambane,  representando o Poder Constituinte do povo moçambicano. O  documento entrou em vigor cinco dias depois, com a proclamação  da Independência, pelo Presidente Samora Machel.

O estadista moçambicano destacou ainda as três fases marcantes do  constitucionalismo nacional: a Constituição de 1975, aprovada num  contexto de partido único; a de 1990, que introduziu o pluralismo  político; e a de 2004, consolidada em ambiente multipartidário.  “Promover o estudo do constitucionalismo moçambicano, nos seus 50  anos, é imortalizar a vitória dos moçambicanos sobre a opressão  colonial”, sublinhou. 

O Chefe do Estado enalteceu o papel do Conselho Constitucional,  criado formalmente na Constituição de 1990 e operacionalizado em 

2003, como garante da supremacia da Constituição e da legalidade  democrática. “Tornou-se numa instituição incontornável na regulação  do sistema de separação de poderes […] e tem clarificado,  delimitado e regulado as relações entre os cidadãos e os poderes  públicos”. 

Daniel Chapo destacou os esforços do Conselho na  investigação científica, no intercâmbio com outras cortes  constitucionais e na divulgação de conteúdos jurídicos, com especial  ênfase à colectânea “O Guardião” e à Revista do Conselho  Constitucional. Louvou também as iniciativas para traduzir a  Constituição em línguas locais, como Changana, Emakhuwa, Cisena e  Cinyanja, para uma maior inclusão cívica. 

No plano das reformas, o estadista reafirmou o compromisso do  Governo com a revisão constitucional, assente na reforma do Estado,  do sistema de justiça e do modelo eleitoral. 

O Presidente da República anunciou ainda que o Governo pretende  implementar medidas no quadro do Programa de Governação  “Unidade Nacional, Paz, Segurança e Governação”, com destaque  para a criação de novos órgãos judiciais, como o Tribunal  Constitucional, o Tribunal de Contas e o Supremo Tribunal  Administrativo. “Vamos apostar, entre outros, no programa  „Democracia e Participação‟, com vista a reforçar a separação de  poderes do Estado”, referiu.

Fonte: O País

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