Resumo
Chiquinho Conde, Seleccionador Nacional de Futebol, será distinguido com o grau de Doutor Honoris Causa pela Universidade Púnguè, em Chimoio, devido ao seu contributo para o desporto moçambicano como jogador e treinador. Conde é reconhecido por ter levado Moçambique ao Campeonato Africano das Nações e por ser o jogador moçambicano com mais jogos na Liga Portuguesa de Futebol, além de ter sido o melhor marcador nacional na mesma competição. Como treinador, obteve resultados inéditos ao qualificar os “Mambas” para competições africanas e alcançar uma fase a eliminar pela primeira vez. Conde esteve envolvido em cinco das seis presenças de Moçambique no CAN, destacando-se o seu papel como capitão e selecionador em várias edições.
O Seleccionador Nacional de Futebol, Chiquinho Conde, será distinguido, brevemente, com o grau de Doutor Honoris Causa pela Universidade Púnguè (UniPúnguè).
A decisão foi tornada pública, hoje, pela reitora daquela instituição, Emília Nhalevilo, no programa “Café da Manhã” da Rádio Moçambique.
A universidade sediada em Chimoio decidiu conferir-lhe a honra pelo contributo prestado ao desporto moçambicano, tanto na qualidade de jogador como de treinador. Trata-se de um título académico honorífico atribuído a personalidades que se notabilizam em domínios como a cultura, ciência, artes e humanidades, sem exigência de trajecto académico formal.
Chiquinho Conde integra a primeira geração que levou Moçambique ao Campeonato Africano das Nações (CAN). Foi o primeiro futebolista nacional a disputar três edições da prova continental, façanha igualada apenas mais tarde por Tico-Tico e poderá ser alcançada por Dominguez e Mexer. Para além disso, é ainda o jogador moçambicano com maior número de jogos na Liga Portuguesa de Futebol, somando 310 partidas, superando os 262 de Zainadine Júnior. A sua marca inclui também o registo de melhor marcador nacional na mesma competição, com 87 golos. O ponto mais alto da carreira deu-se ao serviço do Sporting Clube de Portugal, emblema onde milita actualmente Geny Catamo.
No comando técnico da selecção, alcançou resultados inéditos. Conduziu os “Mambas” a três apuramentos consecutivos para competições da Confederação Africana de Futebol, tendo igualmente assegurado, pela primeira vez, a presença da equipa numa fase a eliminar de uma prova continental.
Das seis ocasiões em que Moçambique conquistou presença no CAN, Conde esteve directamente ligado a cinco. Participou como jogador em 1986, 1996 e 1998, sendo capitão nas duas últimas, e regressou como seleccionador em 2023 e 2025. Apenas no torneio de 2010 não esteve associado ao grupo.
Fonte: Jornaldesafio