O sector da avicultura em Moçambique registou prejuízos estimados em cerca de cinco milhões de dólares americanos, equivalentes a 316,3 milhões de meticais, devido aos impactos devastadores do ciclone “Chido”. O fenómeno afectou principalmente as províncias do norte do país, com maior incidência em Cabo Delgado, deixando um rastro de destruição e comprometendo significativamente a produção e os meios de subsistência de milhares de famílias.
Impactos na avicultura
De acordo com informações fornecidas por Yacub Latif, Vice-Presidente do Pelouro de Agro-Negócios, Nutrição e Indústria Alimentar na Confederação das Associações Económicas (CTA), o ciclone causou danos severos a pelo menos 300 avicultores em distritos de Cabo Delgado, resultando na destruição de infraestruturas, instalações e criações.
“O ciclone teve um impacto extremamente negativo. Destas instalações afectadas, muitas ficaram completamente destruídas, pondo em risco a segurança alimentar e nutricional da província,” destacou Latif.
Entre os prejuízos reportados, contabilizam-se perdas significativas de aves e a destruição de galinheiros e outros equipamentos essenciais para a actividade avícola. Adicionalmente, pelo menos 95 por cento das infraestruturas relacionadas com a avicultura nos distritos de Pemba, Mocímboa da Praia, Metuge e Ancuabe ficaram severamente comprometidas.
Amplos danos colaterais
Além dos prejuízos no sector avícola, o ciclone “Chido” deixou um impacto devastador em diversas áreas de Cabo Delgado, com registos de:
Estes números sublinham a necessidade urgente de esforços coordenados de assistência e reconstrução.
Recuperação e desafios
O sector avícola enfrenta agora desafios consideráveis para se reerguer. Latif apelou a intervenções imediatas para fornecer apoio financeiro e técnico aos produtores afectados, considerando o papel crítico da avicultura na segurança alimentar e na economia local.
“É essencial que o Governo e os parceiros de desenvolvimento promovam esforços de financiamento e assistência técnica para ajudar o sector a recuperar,” afirmou.
O ciclone “Chido” destacou a vulnerabilidade das infraestruturas e das comunidades locais a fenómenos climáticos extremos, realçando a necessidade de reforçar a resiliência e a preparação para eventos futuros.
Fonte: O Económico