Por Vanildo Polege e Julião Tsowon (Fotos)
Na ocasião Penalva César, Secretário Geral do Comité Olímpico, disse que o objectivo do encontro é delinear estratégias para qualificar o maior número de atletas aos jogos olímpicos de 2028 nos Estados Unidos da América.
“O objetivo deste encontro é nós encontrarmos, juntamente com as federações, aquilo que são as formas que podemos implementar em conjunto, repito-me, em conjunto para atingirmos um objetivo final que é qualificar o maior número de atletas para os Jogos Olímpicos de 2028. Ora, dirão, daqui até 2028 faltam ainda alguns anos, mas são poucos, tomando em consideração o conjunto de eventos, o conjunto de competições que os atletas devem enfrentar até chegar lá, desde os campeonatos nacionais, os campeonatos regionais, os campeonatos africanos, os campeonatos mundiais e o próprio processo de aquisição de valores em termos de resultados para que o atleta seja considerado qualificado para os Jogos Olímpicos. Nós sabemos que as federações têm a responsabilidade de colocar os seus atletas nas competições diversas, mas também sabemos que as federações têm as dificuldades que têm de poder participar em um grande número das competições internacionais, quer qualificativas, quer concorrentes para que os atletas possam ter melhores resultados”, referiu Penalva César.
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César, disse ainda que o encontro serve também para orientar as federaçoes para que daqui um ano, possam apresentar o plano estratégico de actividades até aos jogos olímpicos e dar uma melhor preparação ao atletas.
“Esse seminário é, basicamente, para nós planearmos aquilo que vão ser as nossas atividades, principalmente para o próximo ano, alargando depois a possibilidade das federações poderem apresentar também um plano quadrional, mas isso não impede que no próximo ano nós voltemos a ter a mesma reunião.Nós, anualmente, faremos uma reunião destas para que tudo esteja, enfim, atualizado e que possamos, em conjunto, seguir, como eu disse, numa correlação de forças, porque os atletas são os mesmos, todos correm para a mesma bandeira e, sendo assim, nós temos que unir esforços para dar o melhor. Não vamos encontrar as soluções todas para as federações, mas vamos fazer o melhor que estiver ao nosso alcance para que os nossos atletas tenham as condições de trabalhar”, disse o Secretário Geral do COM.
O Secretário Geral do Comité Olímpico, esclareceu ainda sobre os contratos que os atletas assinam a quando das bolsas disponibilizadas no valor de 60 mil meticais pelo órgão que dirige, devido a alguns atletas que aplicam mal os valores recebidos da Solidariedade Olímpica.
“Nós, quando assinamos contratos, muitas vezes não olhamos muito para as cláusulas. Nós vemos os valores envolvidos, vemos onde o nosso nome está, assinamos e depois nunca mais voltamos ao contrato, nunca mais voltamos a ler. Outros contratos são aqueles que, na página traseira, têm umas cláusulas muito pequeninas que não nos deixam sequer ter vontade de ler. Quando nós assinamos contratos com a telefonica e com outras coisas dessas, isso acontece. Esse contrato é muito claro e tem as letras todas do mesmo tamanho, só que os atletas não lêem. E uma vez o valor nas suas contas, eles usam o valor no seu belo prazer. Mas há, de fato, parâmetros, há termos de referência e os atletas têm que usar o valor disponibilizado pelo Comitê Olímpico Internacional para suprir aquilo que são as necessidades que conduzem às condições do seu bom treinamento, o lanche para treinar, o transporte para ir treinar, melhorar a alimentação, o transporte para ir competir”, referiu a fonte.
PREPARAR QUALIFICAÇÃO MAIS CEDO
Durante o encontro, as federações do desporto presentes foram unânimes em afirmar que o alinhamento junto do Comité Olímpico ajuda a preparar as competições mais cedo e uma melhor organização, com vista aos Jogos Olímpicos.
“Faço uma avaliação positiva tendo em conta que estamos numa preparação para os Jogos Olímpicos, não é, e é importante que tenhamos uma informação mais concisa do Comitê Olímpico e isso ajuda-nos a preparar antepadamente e a ter uma organização melhor em termos de formação e podermos transmitir aos próprios atletas e em termos da própria organização, da federação também, é importante porque aí podemos fazer um programa, um trajeto para os próximos jogos que se avizinham, há uma sequência de competições em que os atletas têm que participar e há vários projetos que o Comitê Olímpico também já propôs, quer de formação para juízes, treinadores e mesmo de gestores desportivos. Então nós temos que estar atentos ao programa do Comitê para podermos estar preparados para os próximos jogos”, disse Janeta Antunes presidente da Federação Moçambicana de Triatlo.
Já Frederico Muianga, director técnico da Federação Moçambicana de Taekwondo, comentou nos seguintes termos: “É uma excelente oportunidade, mais conhecimento para que no futuro as federações possam planear-se melhor e para que Moçambique tenha alguma chance de chegar aos Jogos Olímpicos de Londres, de Los Angeles. Nós já começamos por definir uma seleção. Já também definimos os potenciais atletas que seguirão para as formações, para os estágios, de forma que cheguem fisicamente e mentalmente preparados para 2028”.
O Comité Olímpico de Moçambique, pretende com este encontro melhor organizar os jogos olímpicos dos Estados Unidos, concretamente em Los Angeles, e já na próxima semana, quarta-feira, vai realizar mais um encontro na cidade de Maputo. (LANCEMZ)
Fonte: Lance
