O Índice de Preços no Consumidor (IPC) divulgado pelo INE revela que Moçambique registou, em Abril de 2025, uma deflação mensal de 0,38%, impulsionada sobretudo pela queda dos preços de alimentos frescos. A inflação acumulada no ano situa-se em 1,65%, enquanto a variação homóloga alcança 3,99%, com destaque para a aceleração de preços nas províncias de Tete e Inhambane.
Segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), recolhidos em Abril nas cidades de Maputo, Beira, Nampula, Quelimane, Tete, Chimoio, Xai-Xai e Inhambane, verificou-se uma deflação de 0,38% no índice de preços. A maior contribuição negativa adveio da divisão de “Alimentação e bebidas não alcoólicas”, responsável por cerca de -0,54 pontos percentuais (pp) da variação total.
Entre os produtos com maior impacto na queda destacam-se o tomate (-15,4%), o milho em grão (-11,2%), o coco e a alface (-9,6% cada), o peixe seco (-3,4%) e a couve (-5,5%). Estes sete produtos contribuíram, no total, com aproximadamente 0,55pp negativos.
Contudo, alguns itens contrariaram a tendência geral de descida, nomeadamente as refeições completas em restaurantes (+1,2%), o feijão manteiga (+2,1%), o pão de trigo (+1,3%) e os colchões (+6,0%), com contribuição positiva de 0,16pp para o índice mensal.
De Janeiro a Abril de 2025, o nível geral de preços subiu 1,65%. A variação acumulada foi impulsionada pelas categorias de “Alimentação e bebidas não alcoólicas” (+0,95pp) e “Restaurantes e hotéis” (+0,33pp). Em termos homólogos (comparação com Abril de 2024), o índice registou uma subida de 3,99%, destacando-se variações de 8,79% e 7,18% nessas mesmas divisões.
Produtos como refeições em restaurantes, arroz, farinha de milho, sabão em barra e o feijão manteiga continuam a impulsionar os preços acumulados.
Fonte: O Económico