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Dólar Regista Ligeira Subida Impulsionado Pela Procura de Refúgio Face à Crise no Médio Oriente

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O dólar iniciou a semana com uma ligeira valorização, suportado por movimentos de aversão ao risco em virtude da escalada do conflito entre Israel e Irão, num cenário de apreensão nos mercados globais que aguardam decisões cruciais dos principais bancos centrais.

A moeda norte-americana subiu 0,14% face ao iene japonês, fixando-se em 144,3 ienes, enquanto o euro desvalorizou 0,14%, cotando-se a 1,1534 dólares. O índice que mede o desempenho do dólar face a um cabaz de seis moedas principais manteve-se estável em 98,25 pontos.

Os receios de uma eventual escalada militar mais ampla, especialmente perante a possibilidade de o Irão tentar bloquear o Estreito de Ormuz – rota vital para o transporte de petróleo global – contribuíram para reforçar a atracção pelo dólar como activo de refúgio. A suspensão das negociações nucleares previstas entre Teerão e Washington, na sequência do ataque surpresa de Israel na sexta-feira, agravou ainda mais o sentimento de risco.

“É provável que o papel do dólar como porto seguro seja novamente testado”, afirmou Win Thin, chefe global de estratégia de mercados no Brown Brothers Harriman. “Se a Fed adoptar um tom dovish como antecipamos, o dólar poderá voltar a enfraquecer, dados os fundamentos cada vez mais frágeis da economia norte-americana”, acrescentou.

Moedas tradicionalmente ligadas ao apetite por risco, como o dólar australiano e o neozelandês, registaram ganhos marginais nas primeiras horas da sessão asiática.

A semana será marcada por uma série de decisões de política monetária, com particular destaque para a reunião da Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed), agendada para quarta-feira. A expectativa do mercado aponta para uma manutenção das taxas de juro, embora os analistas aguardem com atenção os sinais quanto à trajectória futura da política monetária norte-americana, num contexto de desaceleração do crescimento e inflação persistente.

“Vamos assistir a uma revisão em baixa das projecções de crescimento, o que tenderá a manter o discurso da Fed moderado”, antecipou Chris Weston, chefe de pesquisa da Pepperstone.

O Banco do Japão deverá manter inalterada a sua política, embora comece a considerar a redução das suas posições em dívida pública no próximo ano fiscal. Também os bancos centrais do Reino Unido, Suécia e Noruega deverão anunciar decisões durante a semana.

Num contexto de incerteza generalizada, os preços do ouro continuam a subir, tendo registado uma valorização adicional de 0,22%, para 3.435,5 dólares por onça – próximo dos máximos históricos registados em Abril. As obrigações do Tesouro norte-americano de longo prazo recuaram ligeiramente, após o aumento de sexta-feira, com os investidores a ponderarem o impacto da tensão geopolítica sobre as pressões inflacionistas.

Fonte: O Económico

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