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Dólar Sob Pressão Com Dúvidas Sobre Reforma Fiscal de Trump e Cimeira do G7

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O dólar norte-americano prolongou a sua trajectória descendente esta quarta-feira, pressionado por receios em torno da aprovação da reforma fiscal do Presidente Trump e pelo receio de que os EUA promovam uma política cambial mais fraca nas reuniões do G7, actualmente a decorrer no Canadá.

O dólar caiu 0,14% face ao yen japonês, para 144,31, e deslizou 0,22% contra o franco suíço, para 0,8264. Simultaneamente, o índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana face a um cabaz de seis divisas — desvalorizou-se 0,03% para 99,938, acumulando uma queda de 1,3% em dois dias.

A pressão sobre a moeda americana intensificou-se após o fracasso de Donald Trump em reunir apoio suficiente entre os republicanos para aprovar a sua ambiciosa proposta de reforma fiscal, que, segundo analistas independentes, poderá aumentar a dívida pública entre três e cinco biliões de dólares.

“A narrativa do ‘vender América’ continua a influenciar as decisões de investimento, mesmo que de forma menos dramática do que no início do mês”, indicaram analistas de mercado. Este sentimento foi reforçado por uma recente decisão da Moody’s de rever em baixa a classificação da dívida soberana dos EUA, sinalizando um declínio na confiança sobre os activos norte-americanos como porto-seguro.

Paralelamente, cresce a expectativa de que os EUA possam defender um dólar mais fraco nas reuniões do G7, o que suscita preocupação nos mercados internacionais. O Secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, deverá abordar a questão cambial com o seu homólogo japonês, Katsunobu Kato, que reiterou que “volatilidade excessiva nas taxas de câmbio é indesejável”.

A nível macroeconómico, analistas da Goldman Sachs alertaram que, embora os riscos de recessão tenham diminuído, os perigos advindos de taxas de juro mais elevadas estão a crescer: “Os EUA continuam a apresentar o pior rácio crescimento-inflação entre as economias desenvolvidas, e o enfraquecimento da excepcionalidade americana está a tornar-se — literalmente — oneroso num momento de grandes necessidades de financiamento”.

Entretanto, a Reserva Federal mantém uma postura de prudência face às políticas comerciais da administração Trump. “Permanece um elevado grau de confiança — talvez complacência — de que se alcançarão acordos e que as tarifas serão removidas”, comentou Kyle Rodda, analista da Capital.com.

O euro valorizou-se 0,07% para 1,1291 dólares e a libra esterlina avançou 0,1% para 1,3405. Os mercados aguardam agora os dados sobre a inflação no Reino Unido como o principal indicador económico do dia.

Fonte: O Económico

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