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Dólar sobe após dados de empregos indicarem menor taxa de desemprego nos EUA

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O dólar americano registou uma valorização após a divulgação dos dados do mercado de trabalho dos EUA, que revelaram um crescimento do emprego abaixo do esperado, mas uma redução da taxa de desemprego para 4,0%. Este cenário reforça a possibilidade de que o Federal Reserve (Fed) adie um eventual corte nas taxas de juro até pelo menos junho.

Mercado de trabalho nos EUA surpreende com desemprego menor

De acordo com o Bureau of Labor Statistics do Departamento do Trabalho dos EUA, as folhas de pagamento não agrícolas aumentaram em 143.000 empregos em Janeiro, um número abaixo dos 170.000 esperados pelos economistas. Contudo, o dado mais relevante foi a queda da taxa de desemprego para 4,0%, um sinal de que o mercado de trabalho permanece resiliente.

No mês anterior, Dezembro de 2024, os EUA registaram um aumento revisado para 307.000 novos postos de trabalho, mostrando um mercado de trabalho ainda robusto, apesar do abrandamento da criação de empregos em Janeiro.

Dólar valoriza após a divulgação dos dados

A reacção do mercado cambial foi imediata. O índice do dólar, que mede o desempenho da moeda norte-americana em relação a um cabaz de divisas, subiu para 108,02, depois de ter avançado 0,204% para 107,88.

O euro caiu 0,2%, para 1,0362, pressionado pela valorização do dólar após a divulgação dos números do emprego nos EUA.

O dólar também subiu 0,27% em relação ao iene japonês, sendo negociado a 151,9 ienes, recuperando de uma queda abaixo de 151 ienes registada no início da sessão asiática – a primeira vez que isso aconteceu desde 10 de Dezembro de 2024.

No entanto, ao longo da semana, a moeda norte-americana registou uma desvalorização acumulada de cerca de 2% em relação à máxima de segunda-feira de 109,88, refletindo a diminuição do nervosismo dos investidores sobre os riscos de uma guerra comercial global.

Impacto na política monetária do Federal Reserve

Os números do emprego nos EUA são um dos principais indicadores observados pelo Fed para tomar decisões sobre política monetária. O crescimento do emprego abaixo do esperado poderia sugerir um abrandamento da economia, o que justificaria cortes nas taxas de juro. No entanto, a queda da taxa de desemprego para 4,0% pode dar ao Fed espaço para manter as taxas inalteradas por mais tempo.

Os mercados continuam a ajustar expectativas sobre quando o Fed começará a reduzir os juros. Antes da divulgação dos dados, muitos economistas previam um primeiro corte já em Maio ou Junho de 2025. No entanto, com os novos números, aumenta a probabilidade de que o banco central americano mantenha uma abordagem mais cautelosa e prolongue a política monetária restritiva.

A valorização do dólar reflecte as incertezas sobre a trajectória da política monetária dos EUA. Com um mercado de trabalho ainda sólido e uma inflação que não desacelera no ritmo esperado, o Federal Reserve pode manter uma posição mais conservadora, adiando cortes nos juros e sustentando a força do dólar a curto prazo.

Os investidores agora voltam-se para os próximos indicadores económicos e discursos dos dirigentes do Fed, que poderão fornecer pistas mais claras sobre o rumo da política monetária e seus impactos nos mercados globais.

Fonte: O Económico

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