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«Estive drogado muitos anos, o meu filho achou que me encontraria morto»

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Bradley Wiggins, em 2024, nos prémios desportivos da BBC (Martin Rickett/PA Images via Getty Images)

Bradley Wiggins, vencedor do Tour de 2012 e por cinco vezes medalha de ouro nos Jogos Olímpicos, abriu o coração na autobiografia “The Chain” – “A Corrente”, ainda por publicar – relatando traumas, dificuldades e quantas vezes encarou o precipício do fim da vida.

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p style=”margin-bottom:11px”>Retirado das competições profissionais desde 2016, o britânico, de 45 anos, recordou o vício em drogas.

«A certa altura, o meu filho achou que me encontraria morto de manhã. Estava viciado, mas as pessoas não percebiam. Estive drogado durante muitos anos. Estava na corda bamba, os meus filhos queriam internar-me», explicou, em entrevista ao Observer.

Pai de dois filhos, deixou o vício há um ano.

«Precisava de parar. Tenho sorte em estar aqui. Fui vítima de todas as minhas escolhas. Já me odiava, mas amplifiquei essa sensação. Foi uma forma de automutilação e autossabotagem. Mas, não era quem queria ser e percebi que estava a magoar muitas pessoas em meu redor», prosseguiu.

Quis o destino que Lance Armstrong – antigo ciclista norte-americano que, em 2013, admitiu o uso de doping – se revelasse uma ajuda preciosa para Wiggins, tal como havia sido com o alemão Jan Ullrich, vencedor do Tour de 1997.

«Preocupava-se comigo há muito tempo, costumava perguntar ao meu filho sobre o meu estado. Mas os meus filhos não souberam do meu paradeiro dias a fio. Parte de mim vivia em negação quanto a isto, hoje consigo encarar estas situações. A propensão ao vício aliviava a dor com a qual vivia.»

«Não há meio-termo. Nem consigo beber um simples copo de vinho. Se o fizer, avanço para comprar drogas», terminou.

Fonte: Mais Futebol

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