Apesar do empate do FC Porto na última jornada da Liga, frente ao Rio Ave (2-2), Beto, antigo guarda-redes dos dragões e do Sporting, defende que a «imprevisibilidade» vai ser a palavra-chave para o clássico que está marcado para a próxima sexta-feira para o Estádio do Dragão.
«Este clássico vai ser imprevisível por todos os ingredientes. O FC Porto fez muitas alterações, desde treinador, métodos de trabalho, jogadores, tática. Acredito que imprevisibilidade é a palavra certa. O Sporting, por outro lado, passou já a fase atribulada. O Rui Borges estabilizou, impôs as suas ideias, impressão digital. Denota-se a estabilidade na equipa. Ainda assim, tem tido contrariedades, com lesões», frisou à agência Lusa o ex-guarda-redes que foi jogador do Sporting entre as épocas de 1995 e 2005 – ainda com uma passagem em 2016 – e do FC Porto de 2009 a 2011.
Além disso, Beto salientou a necessidade de ambas as equipas terem que vencer para se manterem na perseguição dos seus objetivos. O FC Porto está completamente proibido de perder pontos para não aumentar (ainda mais) a diferença para os leões, que estão no topo da classificação.
«Para o FC Porto é obrigatório vencer se não quiser aumentar o fosso para o primeiro lugar. Por isso, há muitos ingredientes que tornam este jogo imprevisível. Acredito na estabilidade do Sporting e no sangue novo do FC Porto. Falta é perceber se a equipa vai conseguir assimilar, em tão pouco tempo, as ideias do novo treinador», salientou ainda.
Por todos os fatores referidos, Beto recusa-se a atribuir favoritismo a uma das equipas. «Não entrego favoritismo a ninguém porque o fator Dragão é sempre motivador para o FC Porto. Com aquele ambiente, os jogadores superam-se», admitiu o ex-jogador que viveu de perto vários clássicos ao serviço de ambas as equipas.
Sobre essas memórias, Beto, de 42 anos, guarda um carinho especial por cada uma delas e salientou a «exigência» que cada jogo destes requer a um jogador. «As memórias que guardo são as mais bonitas. Tive a felicidade de viver muitos clássicos. Toda a semana, a exigência que antecede estes jogos, pode ser decisiva. Os jogadores estão cientes disso, dessa responsabilidade. Quem joga em equipas grandes tem que ter capacidade de gerir isso», apontou ainda.
Fonte: Mais Futebol