Falando em conferência de imprensa, o presidente da FEMATRO, Castigo Nhamane, disse que o documento não tem origem nem respaldo institucional da federação, e apelou aos operadores para não aderirem a manifestações não coordenadas.
“Queremos deixar claro que a FEMATRO não é autora desse comunicado. Rejeitamos qualquer tentativa de paralisação que não tenha sido discutida e aprovada nos canais próprios. Apelamos à calma e ao respeito pela legalidade”, afirmou Nhamane.
Apesar do desmentido, a FEMATRO reconhece que há motivos legítimos de insatisfação por parte dos transportadores, nomeadamente: os altos custos operacionais, o mau estado das estradas, e acções de fiscalização excessivas, que, segundo os operadores, resultam frequentemente em multas injustificadas e restrições arbitrárias às rotas.
“Os problemas são reais, mas não se resolvem com desordem. Já apresentámos ao Governo as principais preocupações do sector e estamos à espera de uma resposta ainda esta semana”, acrescentou o presidente da Federação.
Nhamane sublinhou ainda que a solução para os desafios do sector passa pela organização, filiação às associações reconhecidas e diálogo institucional. Segundo ele, “o sector dos transportes deve actuar de forma coordenada para que as suas reivindicações tenham legitimidade e força negocial.”
A FEMATRO reiterou o seu apelo às autoridades municipais para reforçarem a ordem e estabilidade no sector.
A equipa de reportagem do “O País” constatou que a circulação de transportes públicos em Maputo decorria com normalidade, nesta segunda-feira.
Fonte: O País