Para a representante especial do secretário-geral na RD Congo, várias lições foram aprendidas deste processo pela operação criada em 2010, resultante de missões anteriores com o mandato que inclui proteger civis congoleses, pessoal humanitário e ativistas de direitos humanos.
Contexto de estabilização
No caso do Kivu do Sul, Bintou Keita destacou a formação de uma equipe local que fará parte dessas atividades, mas também terá alcance em níveis nacional e local.
Nessa experiência da retirada do Kivu do Sul, uma das principais lições é que não se pode ter pressa de estabelecer um cronograma para a retirada de um contexto em estabilização, por haver muitos desafios a serem enfrentados.
Entre os aspectos por considerar, ela mencionou a necessidade de equipamentos, as negociações com terceiros para locais para instalar infraestrutura ou se estabelecer bases em terras privadas.
A chefe da missão de paz da ONU também conversou, em Ruanda, com rebeldes que atuam na RD Congo. O tema foi a proteção de civis em áreas sob controle destes grupos armados no leste congolês.
Momento crítico
Keita disse que os rebeldes expressaram o desejo de uma solução pacífica para a crise, que se intensificou em janeiro com a captura da cidade de Goma.
Segundo a Monusco, a reunião fazia parte de “esforços conjuntos iniciados, há vários meses, em benefício da população” e que ocorreu em um momento crítico.
O grupo rebelde M23 também esteve nas negociações promovidas pela ONU, as primeiras mais salientes desde a tomada da cidade oriental de Goma que no início deste ano protagonizaram ataques a alvos incluindo as forças de paz da Monusco.
Fonte: ONU