[ai_summary timestamp=”13/10/2025 às 01:32″ summary=”O governador de Cabo Delgado expressou o desejo de envolver o grupo armado no Diálogo Nacional Inclusivo, visando pôr fim ao terrorismo na província. O apelo foi feito em Mocímboa da Praia, destacando a importância de abordar as questões em mesa para promover a união e o desenvolvimento de Moçambique. Além das preocupações com os atos de violência e destruição, o governador manifestou inquietação com a imposição da religião islâmica pelo grupo armado, defendendo a liberdade religiosa consagrada na constituição moçambicana. O Diálogo Nacional Inclusivo é visto como uma oportunidade para compreender e resolver os conflitos, promovendo a harmonia e a identidade nacional.”]
O governador de Cabo Delgado manifestou a vontade de ver o grupo armado a participar no Diálogo Nacional Inclusivo que é visto como uma oportunidade ímpar para por fim ao terrorismo na província. A intenção foi apresentada na aldeia Quelimane, em Mocímboa da Praia, um dos distritos mais afectados pelo terrorismo.
“Agora temos a oportunidade com esse Diálogo Nacional Inclusivo de trazermos aqui para vermos onde está o problema. Se há quem se acha que está ferido com alguma coisa, então é o momento de haver esse diálogo nacional, em que todos moçambicanos, se forem moçambicanos, tragam esses assuntos à mesa para serem compreendidos e se encontramos um meio para que todos estejamos unidos, todos estejamos a falar de Moçambique em Desenvolvimento e todos possamos nos sentir como moçambicanos. E se são estrangeiros, então aí vamos descobrir que a situação que está acontecer no nosso país, e aqui na nossa província em particular, não é com moçambicanos, é com estrangeiros. Então aí o tratamento também vai ser outro, mas sempre convidando para poderem vir à mesa para ouvirmos para deixarem de pôr a nossa população em sofrimento”, apelou Valige Tauabo, governador de Cabo Delgado.
Além de assassinatos e destruição de bens públicos e privados, o governador de Cabo Delgado mostrou-se preocupado com o grupo armado por supostamente estar a obrigar as pessoas a seguirem o Islão.
“Temos a nossa constituição e todos aqueles que têm as suas religiões diferentes cabem neste país. Cada um exerce a sua religião a vontade e nunca houve problema. Isso não é de agora, vem desde a independência e nunca tivemos problemas. Cada religião tem a sua forma de convidar crentes ou seguidores e nunca foi problema, mas hoje quando se traz uma outra forma então traz-nos uma instabilidade”, criticou dirigente.