Nélia Muchisse, de 17 anos de idade, grávida, foi assassinada pelo seu ex-marido, de quem, segundo testemunhas, se havia separado há um mês.
Segundo o chefe de quarteirão, Elias Cumbane, as crianças assistiram ao acto, e a jovem tentou pedir ajuda antes.
“Ela veio-me pedir ajuda, mas eu disse que devia ir à esquadra para evitar perigo, porque este jovem é perigoso e os dois não tinham uma boa convivência”, contou Cumbane.
Os vizinhos despertaram com a notícia do assassinato macabro praticado por um indivíduo cujo comportamento, segundo dizem, já deixava sinais preocupantes.
“Não foi possível perceber a perda de vida desta menina, porque não ouvimos gritos. Fui acordada de repente, mas antes acordaram uma outra vizinha, em sua casa. Depois de ele ter matado a esposa, este senhor disse ‘peço que me ajudem, a minha esposa está doente, eu bati nela’. Entretanto, já estava morta”, explicou Palmira Maúngue, vizinha.
Os vizinhos pedem que seja feita justiça e condenam a atitude da mãe do jovem homicida.
“Esse senhor dá trabalho. Bateu alguém com pá, feriu outra pessoa com faca. Pensávamos que fosse mudar, sem perceber que eram sinais. A mãe também é culpada, porque não fala coisas claras. Estava a mãe deste jovem, mas não conseguiu socorrer a moça, pedindo socorro. Ficou no silêncio até tirarem a vida da moça”, conta uma das vizinhas.
Hélder Guilima, que se havia colocado em fuga após cometer o homicídio, encontra-se actualmente detido, na 9ª Esquadra da PRM, no bairro Tsalala, e diz que tudo começou com uma briga após a reconciliação do casal.
Diz ainda estar arrependido e que já havia pedido que fosse detido. Com este homicídio, três crianças ficaram sem mãe, sendo a mais nova fruto do relacionamento do casal.
Fonte: O País