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João Lourenço Defende Respeito Pela Rotatividade da Presidência da CPLP

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Por: Alfredo Júnior

O Presidente da República de Angola, João Lourenço, defendeu recentemente, em Lisboa, a importância de se respeitar o princípio da rotatividade na liderança da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), numa altura em que persiste um impasse sobre a presidência do organismo para o biénio 2027–2029.

A posição de João Lourenço foi apresentada durante uma deslocação oficial a Portugal, onde aproveitou o momento para lembrar que a presidência da CPLP deve obedecer a uma alternância equitativa entre os seus Estados-membros, como forma de garantir equilíbrio, confiança mútua e coesão institucional dentro da comunidade lusófona.

Embora o modelo de rotatividade seja prática consolidada desde a criação da CPLP, o facto de ainda não haver consenso quanto ao país que deverá liderar o organismo a partir de 2027 tem gerado incerteza entre os membros. O chefe de Estado angolano considera essencial que esta escolha seja feita com base em critérios previamente estabelecidos, respeitando a ordem e o espírito de colaboração que a organização preconiza.

A CPLP, criada em 1996, reúne nove Estados-membros e tem na presidência rotativa um dos seus princípios de funcionamento. Esta alternância é normalmente decidida por consenso e anunciada nas cimeiras bienais da organização. Em 2023, São Tomé e Príncipe assumiu a presidência, sucedendo a Angola.

O discurso de João Lourenço surge numa fase em que o continente africano, especialmente Angola, tem procurado consolidar a sua presença diplomática em plataformas internacionais. Ao assumir recentemente a presidência da União Africana, Lourenço reforça a imagem de Angola como um país empenhado na estabilidade institucional e na promoção do diálogo entre blocos regionais.

A indefinição sobre a próxima presidência da CPLP poderá comprometer avanços já alcançados em áreas como a mobilidade dos cidadãos, o reforço da cooperação económica e a articulação cultural entre os países lusófonos. Nesse sentido, o Presidente angolano apelou à preservação dos compromissos assumidos entre os Estados-membros e à necessidade de se evitar práticas que contrariem os fundamentos da comunidade.

Até ao momento, não há indicações claras sobre qual país poderá assumir a liderança da CPLP em 2027, nem foi divulgada qualquer proposta formal nesse sentido. No entanto, espera-se que o tema volte a estar em destaque nas próximas reuniões ministeriais e cimeiras da organização.

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