Bruno Lage, treinador do Benfica, em declarações aos jornalistas após o jogo com o Famalicão para a 18.ª jornada da Liga:
«Estávamos em dívida para com os nossos adeptos há 15 dias. Voltámos a jogar no Estádio da Luz e antes do jogo tivemos a oportunidade de mostrar o troféu da Taça da Liga aos nossos adeptos e foi a melhor maneira de começar o jogo.
E depois o jogo em si. Foram 90 minutos muito consistentes da nossa parte, com futebol e dinâmica ofensiva que eu pretendo e que sei que os adeptos gostam. Imensas oportunidades e muitos golos. Olhando para o que fizemos e para a réplica do adversário, somos justos vencedores e estamos felizes pela exibição e por oferecer o troféu e a exibição aos nossos adeptos.
[Schjelderup completamente adaptado após mais uma excelente exibição ou ainda tem aspetos a melhorar?]
Temos sempre. Olhámos para o que fizemos aqui há 15 dias [derrota em casa com o Sp. Braga] e aprendemos. Temos sentido evolução em todos os jogadores. Você fala do Andreas e eu faço do Barreiro: tenho mencionado várias vezes o Barreiro e ele hoje faz um hat-trick. O que eu quero é boas respostas de toda a gente e que eles estejam sempre disponíveis para continuarem a evoluir e só assim podemos estar num bom caminho quer em termos coletivos, quer individuais.»
[Puxou pelos adeptos no momento em que Pavlidis falhou uma boa oportunidade de golo e voltou a fazê-lo no golo anulado. Como tem sido esta situação para ele? Arthur Cabral merece uma oportunidade?]
Todos merecem oportunidades pelo trabalho que têm vindo a fazer. Isto não é uma questão de oportunidade. O Arthur jogou o último jogo e marcou um golo. Nós voltámos a jogar menos de 72 horas depois do último jogo. Refrescámos a equipa e vamos refrescando à medida do momento de cada um e também em função da estratégia de cada jogo. O Arthur fez um jogo muito bom, marcou um golo muito importante em Faro e o Pavlidis esteve muito bem no que tínhamos de fazer na estratégia defensiva. E ofensivamente a dinâmica dele abriu espaço para outros jogadores, fez uma assistência para golo e teve muitos movimentos verticais para a área como eu gosto. Ele acaba por fazer um bom jogo: um jogador normal faz um bom jogo e fica feliz, mas um ponta de lança gosta de contribuir com golos. Só há um caminho: trabalhar.
[Exibição com o Famalicão aliada à segunda parte do jogo em Faro mostra que o Benfica não está dependente de Di María e que até pode jogar de forma mais coletiva sem ele?]
«A equipa hoje esteve dependente do Barreiro, que marcou três golos. Não tenho visto a equipa dependente de ninguém. É a força do coletivo.
Felizes somos nós por hoje em dia vermos jogadores como Di María e Otamendi, com a qualidade que têm, a ajudarem outros jogadores a pertencerem a um coletivo muito forte.
Hoje sobressaiu o Barreiro, eventualmente amanhã vai sobressair outro jogador. O importante é o contributo que cada um deles pode dar à equipa.
Quando qualquer equipa do mundo tem um jogador com a qualidade do Di María, tem de tirar partido disso. O mais importante é olhar para o coletivo e perceber que é pela força do coletivo que as individualidades vão sobressair.»
Fonte: Mais Futebol