27.1 C
New York
Tuesday, September 16, 2025
InícioNacionalSociedadeLAM diz que baixar preço dos bilhetes não é tarefa fácil

LAM diz que baixar preço dos bilhetes não é tarefa fácil

As linhas aéreas de Moçambique recorreram à decisão da Autoridade Reguladora de Concorrência de multá-la, em mais de 11 milhões de meticais, por subfacturação de passagens aéreas e diz que a redução do preço dependerá da melhoria das contas da empresa. A companhia, que concedeu hoje uma conferência de imprensa, diz que de Maio a esta parte aumentou a sua facturação, de 9 milhões para 12 milhões de dólares mensais. 

As Linhas Aéreas de Moçambique foram acusadas pela Autoridade Reguladora de Concorrência de subfaturar o preço dos bilhetes e por isso multada em mais de 11 milhões de meticais, sobretudo por esta desrespeitar uma ordem da ARC, desde 2021.

Nesta segunda-feira, em conferência de imprensa, que contou com a presença dos três acionistas da companhia de bandeira, a empresa anunciou que o processo ainda não está concluído.

Ainda não há desfecho, nós procuramos e esperamos que o desfecho seja a nosso favor”, disse Agostinho Langa Júnior, PCA dos Caminhos de Ferro de Moçambique, um dos accionistas da LAM. 

Junior lamentou ainda o facto de haver reclamações sobre o preço dos bilhetes, e fez promessas, embora sem prazos. 

“Não pensem que nós estamos satisfeitos pelo facto de haver reclamação de que o preço do bilhete, o bilhete da LAM é caro, não, não estamos nada satisfeitos e acreditamos que num futuro bastante próximo, não sei dizer exactamente quando, mas num futuro bastante próximo, das medidas que vamos tomando, dos avanços que vamos conseguindo, reduzindo os nossos custos operacionais através do aumento da eficiência, através da renegociação de alguns contratos com fornecedores, fornecedores de combustível, por exemplo, do catering e muitos outros, com os revendedores das passagens, as comissões que eles recebem, e uma série de outras entidades com quem temos contratos, nós acreditamos que iremos conseguir, mesmo a racionalização da força de trabalho, iremos conseguir reduzir os nossos custos operacionais e por essa via o preço do bilhete também irá reduzir”, defendeu.  

Naquela que foi a primeira comunicação conjunta, entre a administração e os acionistas da companhia de bandeira, o PCA da HCB, reagindo às frequentes avarias do aeronave Q400, recentemente adquirida pela empresa, disse se tratar de boatos de pessoas mal intencionadas. 

“Aquele aparelho teve, desde que chegou, duas avarias, uma que foi logo à chegada, um aparelho que ficou muitos anos parado, podia acontecer isso, aconteceu, depois uma outra avaria, eu penso que há duas semanas. Tirando isso, aquele aparelho tem estado a operar normalmente. Sucede que na frota dos alugueis tem um Q400 também da SEME, e este Q400 da SEME apresentou algumas avarias. Então, como ambos são Q400, então circulou essa mensagem de que é o nosso avião que está constantemente a avariar. Mas do ponto de vista de performance, tem  sido um dos melhores aviões a performar”, defendeu Tomas Matola, PCA da Hidroelétrica de Cahora Bassa. 

Os acionistas dizem ainda, haver intenções claras, vindas de dentro, que despoletam informações falsas, com o objectivo de desestabilizar o processo de reestruturação. 

Apesar disso, o Conselho de Administração diz estar satisfeito com a actual prestação da LAM, por esta conseguir honrar com os compromissos operacionais e resgatar a confiança dos fornecedores. 

“Temos vindo a honrar pontualmente os compromissos com os donos dos aviões. Como sabeis, a LAM está a operar hoje com cinco aviões, dos quais quatro são alugados no regime Wet Lease,  em que nós alugamos o avião com tudo: o avião,  a tripulação,  a manutenção, etc,  e a falta de pagamentos antecipados ou atempados dos alugueres fazia com que muitas vezes os donos decidissem parar, deixar os aviões em terra, e isso de facto criava muitas situações, muitos transtornos operacionais. Esta situação já não se verifica, e como se não bastasse  já começamos a ter resultados financeiros que nos permitem cobrir aquilo que são as operações da LAM”, disse. 

Em números, de Maio e esta parte, verifica-se, segundo as fontes, uma subida nos gráficos financeiros. 

Em junho foram 11 milhões, em julho foram ainda 9, alguma coisa, em julho foram 11 milhões e em agosto foram 12 milhões. Portanto, desde que a nova gestão entrou, as vendas têm estado a melhorar. E por outro lado, um elemento extremamente importante, a empresa já está a gerar meios suficientes para fazer face às suas despesas operacionais”, explicou Matola, reiterando, no entanto, haver o desafio de as dívidas com credores sufocarem as contas. 

“O passado tem sido muito penalizador para a nova gestão, mas ainda assim há muito esforço que foi feito. Muitas dívidas críticas, que têm a ver com questões operacionais, com fornecedores críticos, já foram eliminadas. A LM estava praticamente bloqueada por todo o tipo de fornecedor. Para além da IATA, a Rolls-Royce, que é a empresa que faz manutenção  de alguns motores da Embraer, todos esses fornecedores críticos não queriam saber da LAM.  Mas agora as relações já estão restauradas, todos eles estão muito interessados em cooperar com a LAM e isso tem sido bastante vantajoso. Até segunda quinzena de dezembro esperamos ter seis aviões próprios na frota”, disse. 

Os acionistas reiteram o compromisso de aumentar a frota de aviões, usados, como forma de responder à demanda. 

“Até segunda quinzena de Dezembro esperamos ter seis aviões próprios na frota. Eu repeti muitas vezes, na frota. Significa que continuaremos, e porque nós entendemos que precisamos de facto de ter um pouco mais de aviões, continuaremos a manter alguns alugueres. Aliás, abrimos um concurso há dois meses atrás para os alugueres de curto prazo, os chamados wet leasing, pode ser por um mês, pode ser por dois meses, até nós termos uma situação em que a frota seja ela constituída por aviões próprios da LAM e nos possam dar esta garantia de que pelo menos tenhamos um avião em stand-by, de modo que quando um voo para a beira tem problemas, temos aquele que está no hangar e fazemos a substituição. Portanto, cinco aviões ainda é muito pouco para aquilo que é a demanda”, explicou.

Depois de adquiridas mais aeronaves, a LAM promete expandir as suas rotas e para isso será feito um plano de estudo de rotas, acompanhado de um plano estratégico da instituição. 

Fonte: O País

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor, digite seu nome aqui
Por favor digite seu comentário!

- Advertisment -spot_img

Últimas Postagens

Celebra-se hoje Dia da Identidade

0
Sob o lema “ Minha Identidade, Meu Guarda-chuva”, celebra-se hoje o Dia Internacional da Identidade, cuja a cerimónia central irá decorrer na Praça da...
- Advertisment -spot_img