O trabalho decorre a nível do Conselho de Administração da LAM, esperando-se que num curto espaço de tempo sejam respondidos alguns pendentes de crédito.
A suspensão da LAM na IATA ocorreu a 17 de Outubro do ano passado, devido à falta de pagamento das suas obrigações de filiação.
“Esforços estão a ser feitos para retornarmos a esta associação, que é muito importante para a companhia. Já estamos a seguir alguns procedimentos para garantir o nosso retorno o mais breve possível”, afirmou fonte da LAM há dias, sem avançar o montante em dívida nem as modalidades da reestruturação.
No entanto, sabe-se que a empresa encontra-se numa situação financeira difícil, estando, por isso, a desenvolver acções para se reerguer. Aliás, esta foi uma das razões que levaram a empresa a suspender alguns voos considerados financeiramente insustentáveis.
“Estamos numa situação extremamente difícil como companhia. Há números elevadíssimos que precisam de ser avaliados pelo Estado para tirar a LAM do estágio em que se encontra”, referiu, em conferência de imprensa, Alfredo Cossa, porta-voz da companhia.
A razão da suspensão dos voos entre Maputo e Lisboa, por exemplo, são os elevados custos operacionais neste destino, que não responde aos ganhos obtidos. Exemplificou que só a rota Maputo-Lisboa causou um prejuízo de 21 milhões de dólares, situação também verificada na ligação com Harare, onde as perdas são estimadas em 307 mil dólares em dívidas com parceiros.
Refira-se que no mercado interno a LAM vai manter as rotas que registam baixos níveis de rentabilidade, implementando voos com escalas para optimizar a utilização dos recursos e, desta forma, cumprir o seu papel social.
Fonte: Jornal Noticias