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Mais de metade de pessoas diagnosticadas com Mpox estão recuperados no país

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As autoridades nacionais de saúde afirmaram, esta terça-feira, que mais de metade das pessoas que foram diagnosticadas e confirmadas com Mpox em Moçambique já estão recuperadas e sem registo de óbitos. As autoridades anunciaram na semana passada um reforço da vigilância fronteiriça, com equipas de rastreio e testagem, para travar a propagação da doença.

O Mpox, também conhecido por varíola dos macacos, continua a ser a doença que mais preocupação causa ao sector da saúde em Moçambique, desde Julho passado, quando foi diagnosticado o primeiro caso.

Por isso, diariamente as autoridades sanitárias tem estado a divulgar dados relativos à testagem, casos positivos e recuperados, numa situação que ainda não teve óbitos.

“Do total de 38 casos positivos, 20 estão actualmente recuperados da doença e já tiveram alta domiciliar. Até agora não tivemos nenhum óbito pela doença e esperamos, gostaríamos e estamos a trabalhar para evitar que tenhamos óbitos pela doença no país”, disse o director nacional de Saúde Pública, Quinhas Fernandes, citado pelo Noticias ao Minuto.

Quinhas falava durante um seminário de capacitação de jornalistas sobre a “mitigação de rumores e abordagem responsável da Mpox na comunicação social”, em Maputo, tendo esclarecido que no país, até domingo, tinham sido registado mais quatro casos da doença na província de Niassa, epicentro do surto, elevando para 38 num mês, com o total de casos suspeitos a subir para 325.

De acordo com Quinhas Fernandes, do cumulativo de casos positivos de Mpox, 23 pessoas são homens e os restantes 15 são mulheres, sendo que um total de 31 tem idades compreendidas entre 15 e 45 anos.

O director Nacional de Saúde avançou ainda que Niassa tem 14 casos de doentes estrangeiros, apontando o “movimento transfronteiriço intenso” como uma das principais causas de disseminação da doença naquela província, que faz fronteira com a Tanzânia e com o Malawi.

“O movimento transfronteiriço intenso, quer de garimpeiros, porque é uma área de minas, quer pelo movimento de mulheres trabalhadoras de sexo, tem estado a jogar um papel importante na dinâmica da transmissão da doença naquela área”, acrescentou o responsável, citado pelo Noticias ao Minuto.

Por isso mesmo, as autoridades moçambicanas anunciaram na semana passada um reforço da vigilância fronteiriça, com equipas de rastreio e testagem, para travar a propagação da doença.

Até domingo, Moçambique registou também 12 novos casos suspeitos, subindo para 325, entre as províncias de Maputo, Gaza, Tete, Manica, Nampula e Zambézia, estando 137 contactos em seguimento pelas autoridades de saúde.

Até ao momento, as autoridades sanitárias contabilizam 33 casos de Mpox no Niassa (norte), dois em Manica (centro) e três na província de Maputo (sul).

O director nacional de Saúde Pública em Moçambique pediu na quarta-feira que se evite o pânico e a desinformação em relação à doença, visando combater a discriminação que possa surgir contra as vítimas.

A Mpox é uma doença viral zoonótica, identificada pela primeira vez em 1970, na República Democrática do Congo. No actual surto, na África Austral desde 01 de Janeiro deste ano, já foram notificados 77.458 casos da doença, em 22 países, com 501 óbitos.

O primeiro caso de Mpox em Moçambique aconteceu em Outubro de 2022, com um doente em Maputo. O coordenador do COESP, órgão da Direcção Nacional de Saúde Pública, aponta a capacidade de testagem que agora existe nas províncias, com 4.000 testes disponíveis e mil para análises de reagentes para identificar estirpes de casos positivos, como a grande mudança em três anos.

Moçambique tem agora capacidade para testar em todas as capitais da província, através dos laboratórios de Saúde Pública, disse.

Moçambique espera receber em Setembro vacinas para conter um possível cenário de alastramento de casos de Mpox, anunciou na terça-feira o Governo.

Fonte: O País

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