Ministra da Educação diz haver mais de 8 mil turmas ao relento

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Há mais de oito mil turmas ao relento no país. São milhares de alunos que estudam ao ar livre, sentados no chão. A ministra da Educação e Cultura afirma que a situação prevalece devido à expansão do sistema de educação e à falta de recursos.

O presente ano lectivo iniciou-se carregado de velhos problemas. Um deles é o das turmas ao relento, em várias escolas, que continua a prejudicar o processo de ensino-aprendizagem.

Segundo a ministra da Educação e Cultura, Samaria Tovela, há, em todo o país, pelo menos 8500 turmas ao relento, um problema que a dirigente explica que, em parte, se deve à expansão do sistema nacional da educação.

“São aproximadamente 8500 turmas ao ar livre. Como sabemos, quando chove, a criança não pode ter aulas, deve andar de sombra em sombra, e não é isso que nós queremos.”

A ministra da Educação e Cultura explicou que, para acabar com as turmas ao relento, é necessário ter mais recursos, de modo a responder à expansão do sistema nacional de educação.

“Nós temos problemas cruciais que temos de olhar no sector. Precisamos de equipar as salas de aula, por outro lado, temos de garantir salas para que os alunos possam ter aulas, mas, para providenciar isto, precisamos de ter recursos.”

Em relação às escolas vandalizadas durante os protestos pós-eleitorais, a ministra diz haver mais de 80 afectadas.

Porém, porque mesmo no meio da destruição as aulas arrancaram, avança que há estratégias adoptadas. 

“A nível do ensino secundário, temos o ensino à distância, portanto, temos os materiais na plataforma digital. Os alunos estão a apropriar-se das estratégias e a ter acesso à plataforma digital. Estamos a trabalhar com o Ministério da Comunicação e Transformação Digital no sentido de disponibilizar o acesso à internet no raio da escola.”

A ministra reiterou que a distribuição do livro escolar já se iniciou em várias escolas, mas só poderá ser concluída no mês de Março.

“Os livros já estão em todas as províncias. Agora, as províncias estão a colocar os livros na escola, e este é um trabalho contínuo (…) Então, nós estamos a trabalhar para que, no máximo, até final de Março, o livro esteja em todas as escolas”, disse Tovela.

Samaria Tovela recomenda que, enquanto se resolve o problema dos livros da quarta classe, os professores, com base nos programas, passem os textos ao quadro, para que os alunos possam consolidar as competências necessárias.

Fonte: O País

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