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Wednesday, October 8, 2025
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Moçambique Perde Mais de 70 Milhões de Dólares Por Ano com Pesca Ilegal

Resumo

A pesca ilegal em Moçambique está a causar perdas anuais de mais de 70 milhões de dólares, prejudicando os ecossistemas marinhos, a economia nacional e alimentando mercados estrangeiros, principalmente na Europa. O peixe capturado ilegalmente em águas moçambicanas é exportado para países europeus, onde é procurado e vendido a preços elevados. Esta prática representa uma ameaça aos recursos naturais estratégicos e dificulta a transformação do potencial marítimo em riqueza interna sustentável. Para combater esta situação, o Instituto Nacional da Marinha lançou uma campanha de fiscalização rigorosa no distrito de Angoche, província de Nampula, resultando em detenções e confrontos com pescadores ilegais. Especialistas alertam que a pesca ilegal tem impactos económicos, ambientais e sociais, afetando as comunidades costeiras e privando o Estado de receitas importantes para investimentos prioritários. O Governo moçambicano considera o combate à pesca ilegal como parte essencial da estratégia de economia azul, crucial para o crescimento económico inclusivo e a proteção da soberania nacional sobre as águas territoriais.

O Estado moçambicano está a perder mais de 70 milhões de dólares todos os anos devido à pesca ilegal, uma prática que ameaça os ecossistemas marinhos, fragiliza a economia nacional e alimenta mercados estrangeiros, sobretudo na Europa.

De acordo com o jornal O País, o peixe capturado de forma ilegal em águas moçambicanas tem como destino final países europeus, onde encontra procura consistente e preços elevados. Esta realidade representa não apenas uma drenagem de recursos naturais estratégicos, mas também um obstáculo ao esforço do Governo de transformar o potencial marítimo em riqueza interna sustentável.

O Instituto Nacional da Marinha (INAMAR) lançou, esta quarta-feira, uma campanha de fiscalização rigorosa no distrito de Angoche, província de Nampula. A operação tem como objectivo apertar o cerco contra os pescadores ilegais, bem como combater o uso de redes nocivas que comprometem a reprodução e a diversidade das espécies marinhas.

Durante a acção de fiscalização, foram reportadas detenções de indivíduos envolvidos em práticas ilícitas, assim como momentos de distúrbio protagonizados por grupos de pescadores. A situação escalou ao ponto de as autoridades marítimas terem recorrido a disparos para repor a ordem.

Especialistas alertam que a pesca ilegal não é apenas um problema económico, mas também ambiental e social, pois compromete o sustento de comunidades costeiras que dependem da pesca artesanal. Além disso, retira ao Estado receitas essenciais que poderiam ser aplicadas em sectores prioritários, como saúde, educação e infra-estruturas.

O Governo moçambicano considera a luta contra a pesca ilegal como parte central da estratégia de economia azul, reconhecendo que a preservação e a exploração sustentável dos recursos marinhos são fundamentais para o crescimento económico inclusivo e para a protecção da soberania nacional sobre as águas territoriais.

Fonte: O Económico

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