Citado pela Lusa, Severiano Khoy, director-geral adjunto da Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC) disse que a contagem devia acontecer a cada cinco anos, mas tem sido adiada por falta de recursos. “Assim que iniciarmos, vamos procurar manter a regularidade prevista no nosso plano”, afirmou.
O objectivo é actualizar os dados sobre a população e a distribuição destes animais, numa altura em que os números anteriores revelaram sinais preocupantes. Entre 2014 e 2018, o efectivo de elefantes caiu 13%, passando de 10.496 para 9.122, sobretudo devido à caça furtiva e a fenómenos naturais. A Reserva do Niassa foi apontada como uma das mais afectadas.
Samiro Magane, coordenador do Programa de Conservação da Biodiversidade na Biofund, destacou que o exercício é dispendioso, envolvendo aeronaves e forte logística, mas considerou-o “crucial” para orientar políticas de proteção. Sem revelar o orçamento, explicou que o financiamento sueco desempenha um papel decisivo para a concretização do projeto.
Para Magane, os resultados do censo serão essenciais para compreender a real situação das espécies de elevado valor económico e definir estratégias mais eficazes de conservação.
Fonte: O País