O evento iniciou com a Sessão de Abertura, e contou com a participação de toda a delegação, tendo a Ministra das Finanças acompanhando o Chefe de Estado na Plenária do evento, onde foi adoptado o ’’Compromisso de Sevilha’’.
Durante a sessão os países foram chamados a intervir e a dar a sua contribuição em torno da temática e foram unânimes em afirmar que os países devem apostar em instrumentos inovadores de financiamento, para alcançarem um desenvolvimento sustentável e atingirem os objectivos de desenvolvimento, através da implementação dos seguintes factores, introdução de instrumentos de inovação financeira que ajudam a mitigar riscos e ajustados aos fenómenos das mudanças climáticas, os países devem explorar as oportunidades de que as instituições multilaterais possuem, de conversão de dívida e blended finance (financiamento combinado), combinar a mobilização de fundos externos com capital privado promovendo parcerias público-privadas, fortalecimento dos mercados de capitais domésticos e a ampliação da inclusão financeira para as Micro, Pequenas e Médias Empresas dirigidas por Mulheres, entre outros.
Carla Loveira, participou ainda no dia 30 de Junho de 2025, no painel de Alto Nível sob o tema “reformando a arquitectura financeira internacional, alinhando o fluxo de capitais com os objectivos de financiamento climático”.
Refira-se que este evento foi organizado pelo Centro de Investimento da Universidade de Columbia, com o objectivo de explorar reformas programáticas na arquitectura financeira internacional que podem permitir fluxos de capital de longo prazo, de baixo custo e orientados para o crescimento, prioridades climáticas e de desenvolvimento em economias emergentes e em desenvolvimento.
Nas sua notas introdutórias, o moderador do painel, Jeffrey Such, destacou o papel do Governo para se alcançar o desenvolvimento é fundamental o capital humano, as infraestruturas para ter um crescimento económico por forma a investir de forma eficiente nos serviços com destaque para os sectores de educação, saúde e infraestruturas.
Por sua vez, a titular das finanças, sublinhou que Moçambique é um País Menos Desenvolvido (PMD) e altamente vulnerável aos impactos das alterações climáticas. Nossa realidade é marcada por eventos extremos recorrentes, como ciclones, inundações e secas severas, que comprometem o desenvolvimento económico e social. Este contexto torna o financiamento público, privado e inovador da luta contra as mudanças climáticas uma necessidade urgente de adaptação, atenuação e resiliência, anotou a dirigente.
Destacou-se nos encontros realizados com as autoridades espanholas a unanimidade relativamente à vontade deste país de aprofundar as relações já existentes com Moçambique, tendo-se identificado as áreas de turismo e pescas como sectores de cooperação e ficaram acordados na realização, em Maputo de um Fórum Económico Moçambique-Espanha.
Por último, as instituições financeiras internacionais, reiteraram a disponibilidade de cooperar e assistir Moçambique nos seus esforços de desenvolvimento, salientando que, o FMI manifestou a disponibilidade de retomar o Programa de apoio ao país.
Fonte: MEF