O porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric, disse a jornalistas, em Nova Iorque, que mesmo em áreas menores, onde as pessoas estão sendo forçadas a se concentrar agora, houve uma redução de 15% da parte de terra em declínio.
Serviços básicos
Dujarric lembrou que a avaliação indica carência até mesmo da infraestrutura e dos serviços mais básicos para as pessoas, que permanecem extremamente inseguras.
As Nações Unidas reiteram que não deve ser esquecido que por trás desses números estão famílias tentando sobreviver, proteger seus filhos e buscar o mínimo de alimentos para sobreviver.
Para a ONU, a emissão de ordens de deslocamento “não isenta nenhuma parte da tarefa indispensável de poupar civis, incluindo aqueles que não podem ou não querem se mover.
Na segunda-feira, a Organização Mundial da Saúde, OMS, pediu a proteção do Complexo Médico Al Nasser, em Khan Yunis. A agência alertou que o hospital está superlotado com feridos, operando com o dobro de pessoas que sua capacidade permite e, efetivamente, se transformou na maior e única ala de trauma em Gaza.
Equipamentos e combustível
Já o representante da OMS no Território Palestino enviou uma mensagem de vídeo do hospital.
Rick Pieperkorn disse que a unidade de saúde sofre com escassez crítica de material para trauma, medicamentos essenciais, equipamentos e combustível. A equipe também alertou que os profissionais estão exaustos.
O Escritório da ONU de Assistência Humanitária, Ocha, relata que os movimentos de funcionários humanitários dentro de Gaza permanecem fortemente restritos.
Na segunda-feira, quatro das 12 tentativas de coordenação desses movimentos com as autoridades de segurança israelenses foram totalmente facilitadas, e apenas uma conseguiu fazer a entrega de suprimentos.
Deslocamento
Ainda na terça-feira, um porta-voz do Escritório de Direitos Humanos, em Genebra, respondeu a uma jornalista sobre os planos do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, de atuar com outros países, juntamente com os Estados Unidos, para oferecer aos moradores de Gaza outras nações, afirmando que a proposta causou preocupações.
Há inquietação com a transferência forçada, possíveis prisões de jovens e homens em relação a possíveis assassinatos, além de a probabilidade de mortes devido ao tipo de força ou confinamento em espaços ainda menores, com restrições de movimento.
Fonte: ONU