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ONU aprova nova “força de supressão” no Haiti após aumentar violência de gangues

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[ai_summary timestamp=”01/10/2025 às 20:30″ summary=”O Conselho de Segurança aprovou uma nova resolução para combater gangues no Haiti, com a criação da GSF, apoiada por Panamá e EUA, e com 12 meses de mandato. A missão visa neutralizar facções, proteger infraestruturas, apoiar acesso humanitário e proteger grupos vulneráveis, contando com 5.550 membros para reintegrar ex-combatentes e fortalecer instituições. Embora o Haiti mantenha responsabilidade pela segurança nacional, a GSF apoiará as autoridades locais para que o país assuma gradualmente o controlo da sua segurança. O embaixador do Haiti considerou a decisão como um ponto de viragem crucial para enfrentar a crise, destacando a necessidade de uma resposta internacional para apoiar a estabilidade do país.”]
Uma nova resolução aprovada esta terça-feira no Conselho de Segurança para o combate a gangues no Haiti, elaborada por Panamá e Estados Unidos, foi adotada por 12 votos a favor e três abstenções: China, Paquistão e Rússia. 
Com um mandato inicial de 12 meses, a GSF trabalhará em estreita coordenação com a Polícia Nacional e as Forças Armadas do Haiti. A missão terá como prioridade operações de inteligência para neutralizar facções, proteger infra-estruturas críticas, apoiar o acesso humanitário e oferecer proteção a grupos vulneráveis.

Um novo mandato robusto

Com 5.550 integrantes, a nova força também ajudará na reintegração de ex-combatentes e no fortalecimento institucional do país. A missão anterior, de Apoio Multinacional à Segurança, MSS, criada em 2023, enfrentou sérias limitações de financiamento e recursos, o que dificultou a contenção da violência.
Giles Clarke
O embaixador do Panamá, Eloy Alfaro de Alba, destacou a urgência da decisão e garantiu que “o Haiti não está sozinho”. Já o representante dos Estados Unidos, Mike Waltz, afirmou que a nova força é “cinco vezes maior e com um mandato reforçado para enfrentar os gangues”, sublinhando o compromisso da comunidade internacional em ajudar o país a recuperar segurança.

Responsabilidade nacional

Apesar do apoio, o Conselho de Segurança ressaltou que o governo haitiano mantém a responsabilidade primária pela segurança nacional, incluindo reformas contra a corrupção, o tráfico de armas e o recrutamento de crianças por grupos armados. 

A GSF deverá apoiar as autoridades locais, criando condições para que o Haiti assuma progressivamente o controlo da sua própria segurança.

Um ponto de viragem

Após a votação, o embaixador do Haiti, Pierre Ericq Pierre, classificou a decisão como “um ponto de viragem decisivo” diante da gravidade da crise. 
Ele destacou que, embora a missão MSS tenha sido um sinal de solidariedade, “a escala e a sofisticação da ameaça superaram largamente o mandato anterior”. 
Segundo o diplomata, o novo mandato ofensivo concedido pelo Conselho de Segurança dota a comunidade internacional dos meios necessários para responder à gravidade da situação e apoiar o povo haitiano no caminho para a estabilidade. 
 
 

Fonte: ONU

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