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p style=”margin-top: 0in;text-align: justify;background-image: initial;background-position: initial;background-size: initial;background-repeat: initial;background-attachment: initial”>Queda do dólar e antecipação de cortes de 25 a 50 pontos base sustentam corrida ao metal precioso, que já supera os US$ 3.680 por onça
O preço do ouro escalou na terça-feira um novo máximo histórico, ultrapassando os US$ 3.689 por onça, impulsionado pela fraqueza do dólar e pelas expectativas generalizadas de que a Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed) iniciará esta semana um ciclo de cortes de taxas de juro.
O ouro à vista valorizou 0,1% para US$ 3.683,28 por onça às 05h02 GMT, depois de ter atingido um recorde intradiário de US$ 3.689,27. Os futuros de ouro nos EUA para Dezembro mantiveram-se estáveis em US$ 3.720,10.
A procura pelo metal precioso foi impulsionada pelo recuo do índice do dólar, que caiu para mínimos de dois meses e meio face ao euro e para um fundo de 10 meses frente ao dólar australiano. A depreciação da moeda norte-americana torna o ouro mais acessível para investidores que detêm outras divisas, fortalecendo a sua procura.
Segundo Kyle Rodda, analista da Capital.com, “o sentimento é muito positivo; os mercados estão a comprar a expectativa de cortes de taxas antes da decisão do FOMC. O ouro mantém uma perspectiva forte no curto e médio prazo”. Rodda alertou, contudo, que caso a Fed não confirme a inclinação expansionista já descontada nos mercados, poderá verificar-se uma correcção temporária dos preços.
Os investidores apostam quase em unanimidade num corte de 25 pontos base na reunião de dois dias da Fed, que termina a 17 de Setembro, com pequena probabilidade de um corte mais profundo de 50 pontos base. O Presidente dos EUA, Donald Trump, reiterou publicamente o apelo ao presidente da Fed, Jerome Powell, para avançar com uma redução “maior” das taxas, destacando os benefícios para o sector imobiliário.
No mercado de ETFs, o SPDR Gold Trust, maior fundo do mundo baseado em ouro físico, anunciou um aumento das suas reservas em 0,21% para 976,80 toneladas, face às 974,80 toneladas registadas na sexta-feira.
Em contraste, outros metais preciosos apresentaram desempenhos moderados: a prata caiu 0,2% para US$ 42,63 por onça, a platina manteve-se em US$ 1.401,65 e o paládio ficou estável em US$ 1.183,76.
O movimento ascendente do ouro reforça a percepção de que os investidores procuram refúgio em activos não remunerados sempre que a política monetária aponta para juros mais baixos. Se a Fed confirmar o tom expansionista esperado, analistas não excluem que o ouro possa ultrapassar a barreira simbólica dos US$ 3.700 por onça já nos próximos dias.
Fonte: O Económico