Ouro atinge novo recorde impulsionado por preocupações com tarifas dos EUA

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Os preços do ouro atingiram um novo máximo histórico, ultrapassando a marca dos 2.950 dólares por onça na quinta-feira, à medida que as preocupações sobre a imposição de tarifas comerciais pelos Estados Unidos aumentam a procura pelo metal precioso como ativo de refúgio.

O ouro à vista valorizou-se 0,6%, chegando aos 2.951,25 dólares por onça, depois de alcançar um pico de 2.954,69 dólares durante a sessão. Já os futuros do ouro nos EUA registaram uma subida de 1,1%, atingindo os 2.969,30 dólares.

Com um crescimento acumulado de 12% desde o início do ano, o ouro continua a consolidar-se como um ativo de segurança face às incertezas do mercado. Para o analista independente Ross Norman, a resistência dos 2.950 dólares é vista como o último obstáculo técnico antes do metal precioso desafiar a marca dos 3.000 dólares, que agora parece ser “uma questão de quando e não de se acontecer”.

A alta do ouro está diretamente relacionada com a retórica protecionista do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que anunciou na quarta-feira que irá impor tarifas sobre madeira, automóveis, semicondutores e produtos farmacêuticos “nas próximas semanas ou até antes”. Desde que assumiu a presidência a 20 de Janeiro, Trump já aplicou uma tarifa de 10% sobre importações chinesas e de 25% sobre o aço e o alumínio.

O clima de incerteza global intensificou-se ainda mais após Trump criticar o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, chamando-o de “ditador” e aconselhando-o a agir rapidamente para alcançar a paz ou arriscar perder o país. Apesar das especulações sobre possíveis negociações entre Ucrânia e Rússia, o estratega de mercado da IG, Yeap Jun Rong, destacou que qualquer recuo no preço do ouro poderá ser temporário.

As minutas da última reunião da Reserva Federal (Fed), divulgadas na quarta-feira, revelaram que as propostas iniciais de política económica de Trump aumentaram as preocupações sobre o crescimento da inflação, levando o banco central a adotar uma postura cautelosa quanto a novos cortes nas taxas de juro.

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p style=”margin-top: 0in;text-align: justify;background-image: initial;background-position: initial;background-size: initial;background-repeat: initial;background-attachment: initial”>No mercado de metais preciosos, a prata subiu 1,2% para 33,12 dólares por onça, a platina valorizou-se 0,2%, atingindo 974,05 dólares, enquanto o paládio avançou 1,7% para 984,59 dólares.

Fonte: O Económico

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