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Paulo Mazivila diz que prestação das Guerreiras no AfroBasket não foi boa e vai apostar na formação para melhorar

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Uma campanha aquém das expectativas foi o que considerou o Presidente da Federação Moçambicana de Basquetebol, Paulo Mazivila, sobre a participação no AfroBasket 2025 decorrido em Abidjan, na Costa do Marfim. Mazivila aposta na formação a vários níveis para melhorar o desempenho da selecção nacional de basquetebol em Campeonatos Africanos.

 

Por Alfredo Júnior, em Abidjan

 

Visivelmente desiludido com os resultados das Guerreiras do Índico que terminaram na sexta posição da principal competição de selecções feminina continental era como se encontrava Paulo Mazivila que pese embora avaliou a prestação da equipa de Nasir Salé como tendo estado abaixo do que se esperava.

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“Em termos de avaliação, a nossa prestação, de facto, foi abaixo daquilo que estávamos à espera. Moçambique, no último AfroBasket, esteve em quinto lugar. Neste AfroBasket baixámos para o sexto lugar. Obviamente que a prestação não foi boa. Mas, com tudo isso, não quero dizer que a nossa seleção não fez o esforço para chegar lá. Mas, infelizmente, neste AfroBasket a prestação não foi boa”, considerou o Presidente da FMB.

 

Mazivila considerou que as seleções enfrentadas por Moçambique, particularmente a Nigéria, o Mali e os Camarões foram superiores a todos os níveis, tendo em conta o trabalho de base e continuou que é desenvolvido por cada país.  

 

“Temos que olhar para as outras selecções. Temos que olhar para aquilo que aconteceu aqui no AfroBasket. Temos que olhar para seleções como o Mali, temos que olhar para o Sudão do Sul, temos que olhar para o Camarões. Estas seleções já vêm juntas há bastante tempo. Participaram nas provas dos escalões de formação de seleções de Sub-16 que foram crescendo.  E foram participando em todas as competições do AfroBasket aos Mundiais e por aí fora. Quer dizer, houve uma construção destas seleções até aos seniores. Estas seleções não apareceram do nada. Moçambique apareceu nos anos anteriores como uma das candidatas ao título. Sempre apareceu como candidato ao título, mas esqueceu-se da parte de formação. Nós não estamos a formar. E com tudo isto, o que é que significa? Significa que os países têm feito um investimento significativo na formação. Se for reparar, estive a conversar com dois, três presidentes das federações e eles, como é o caso de Mali e dos Camarões, eles têm um programa de um modelo de academia. É que têm treinadores estrangeiros que só acordam e trabalham com as seleções de formação. E estas mesmas seleções de formação vão participando em campeonatos nacionais, de clubes, para ir medir aquilo que é o nível da sua produção que eles têm na formação. Moçambique não tem isso. No nosso país, só se preocupa no momento da competição e seniores. Quando temos uma competição é que há uma corrida, há uma avalanche à procura de dinheiro. Quer dizer, é um trabalho sazonal”, disse Mazivila. 

 

PROJECTO DA FORMAÇÃO A APRESENTAR EM BREVE

 

O Presidente da FMB está ciente que é da responsabilidade da Federação Moçambicana de Basquetebol apresentar projectos para reverter este cenário, esperando apresentá-los em breve aos demais actores da área do desporto.

 

“Na verdade, a Federação já tem um projeto desenhado para a questão de formação. Temos este projeto. Vamos lançar o projeto junto ao Governo e junto a alguns parceiros, o Comité Olímpico e alguns empresários, para ver como é que vai ser recebido. Porque nós não podemos ter resultados de imediato. Os resultados têm de ser construídos. E nós precisamos trabalhar na camada de formação. Trabalhar na camada de formação com uma academia. Vamos ver onde é que vamos conseguir um campo. Vamos negociar com algumas escolas. As escolas são as únicas instituições que têm campos disponíveis. Vamos ver se conseguimos uma entidade que nos forneça pelo menos água, lanches e junto ao Governo vamos tentar conseguir uma casa para contratar estrangeiros de formação para poder, a tempo inteiro, trabalhar com os escalões de formação. E só assim que, daqui a dois anos, podemos ter resultados diferentes.  Porque, assim como estamos a trabalhar de uma maneira sazonal, que só vamos buscar os atletas no momento da competição quando temos um AfroBasket, há uma corrida de 45 dias, 60 dias à busca de dinheiro, junto aqui, junto ali, enquanto o treinador é contratado, não teremos resultados positivos”, disse Mazivila que prometeu começar a trabalhar no assunto logo que a selecção regressar a Maputo. (LANCEMZ)

Fonte: Lance

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