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PMI Cai Para 49,9: Sinais Mistos Entre Tração Operacional e Pressão de Custos

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p style=”margin-top: 0in;text-align: justify;background-image: initial;background-position: initial;background-size: initial;background-repeat: initial;background-attachment: initial”>Produção e emprego mantêm-se em alta, mas normalização de cadeias, redução de stocks e aceleração dos custos travam o ímpeto do setor privado.

Apesar do recuo do PMI para 49,9 em Agosto, os dados do Standard Bank Moçambique revelam que a economia privada preserva alguma tração, com produção, novas encomendas e emprego em alta. O resultado global foi penalizado pela redução de stocks e pela melhoria mais rápida das cadeias de abastecimento, enquanto a aceleração dos custos volta a pressionar margens e lança riscos inflacionistas.


O PMI® do Standard Bank Moçambique desceu para 49,9 pontos em Agosto, contra 50,7 em Julho, sinalizando uma ligeira deterioração das condições no setor privado, segundo a S&P Global. Abaixo do limiar de 50, o índice aponta para contração, embora os subcomponentes revelem uma realidade mais matizada: apenas stocks e prazos de entrega contribuíram negativamente, enquanto produção, novas encomendas e emprego mantiveram-se em crescimento.

A produção registou a segunda alta consecutiva, sustentada pela construção e pela agricultura, ainda que compensada por quedas no setor secundário, nos serviços e no comércio. O emprego subiu pelo terceiro mês seguido, na taxa mais forte em mais de um ano, e as novas encomendas mantiveram-se em expansão, embora mais lenta.

O índice foi pressionado pela queda de inventários — pelo quarto mês consecutivo — e pelo encurtamento dos prazos de entrega, que alcançaram o ritmo mais rápido em 18 meses. Como este subíndice é invertido no cálculo do PMI, a melhoria traduz-se num efeito negativo sobre o valor global.

No campo dos preços, registaram-se aumentos mais rápidos dos custos de aquisição e dos salários. O primeiro atingiu o maior ritmo em um ano, enquanto a massa salarial subiu ao nível mais elevado desde Maio de 2024. Ainda assim, os preços finais aumentaram apenas ligeiramente, refletindo a dificuldade em transferir integralmente as pressões de custos para os consumidores.

 

Segundo o economista-chefe do Standard Bank Moçambique, Fáusio Mussá, “o PMI sugere alguma pressão sobre os preços, à medida que as empresas protegem as margens de vendas do aumento dos custos dos meios de produção”, sublinhando que parte dessas pressões advém do desequilíbrio cambial, o que “implica riscos de subida da inflação, mesmo em contexto de estabilidade do metical face ao dólar”.

A confiança empresarial, contudo, melhorou. 42% das empresas inquiridas esperam crescimento da atividade nos próximos 12 meses, ancorando-se na perspetiva de aumento das vendas e na expectativa de concretização de investimentos estratégicos, nomeadamente no gás natural liquefeito e no IDE associado ao acordo de 20 mil milhões de dólares entre o Governo e a Al Mansur Holdings do Catar.

Fonte: O Económico

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