É o Dia da Mulher Africana, e, na Cidade de Maputo, a celebração começou na Praça dos Heróis, onde mulheres, todas vestidas a rigor, mas com culturas e pertencentes a diferentes países africanos, se juntaram para reflectir sobre os seus desafios.
Ao som da banda militar, o secretário de Estado do Género e Acção Social, Abdul Razaque, foi quem dirigiu a celebração, depois de depositar uma coroa de flores, por ocasião da efeméride.
Mesmo sem avançar números, Razaque explicou que os casos de violência contra a mulher e a rapariga, no país continuam preocupantes.
“Infelizmente, há muitos casos que morrem no silêncio, não sei se é por causa da educação da própria mulher, que acabam não denunciando. O Governo já criou instituições vocacionadas na responsabilização de pessoas que praticam actos de violência contra a mulher.”
Outra preocupação é com os casos de feminicídio, que Razaque explica que “há necessidade de continuarmos a divulgar as leis que protegem as mulheres”.
Porque é dia de celebração, as mulheres decidiram exaltar a cultura africana por meio de demonstrações.
A secretária-geral da Organização da Mulher Moçambicana, Cidália Chauque, disse que, apesar das fragilidades, houve avanços para o empoderamento da mulher.
“Comemoramos os efeitos da mulher nas diversas áreas de desenvolvimento social, económico e político dos nossos países. Os avanços não foram só em Moçambique, mas em cada país africano.”
O Dia da Mulher Pan-Africana foi estabelecido para comemorar a primeira Conferência Pan-Africana da Mulher, realizada em Dar es Salam, na Tanzânia, em 1962.
Fonte: O País