Apresentaram Cartas Credenciais Chefes de Missões Diplomáticas provenientes da Zâmbia, Maurícias, Guiné, Indonésia, Arábia Saudita, Portugal, Noruega, Suécia, Suíça, Rússia e Canadá.
Em declarações à imprensa em torno da cerimónia, a ministra moçambicana dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Maria dos Santos Lucas, disse que, durante as audiências de acreditação, o Chefe do Estado manifestou a sua satisfação pelo curso normal das relações de amizade e cooperação e encorajou os diplomatas a “trabalhar com o incremento do intercâmbio com a República de Moçambique”.
Ademais, instando-os ainda a promover e dinamizar cada vez mais as relações de cooperação com vista a atingir novos patamares, especialmente com uma cooperação económica mais activa.
Na audiência com o Alto-Comissário da Zâmbia, Derick Livune, o Presidente Chapo enfatizou a necessidade de preservar e aprimorar “as excelentes relações históricas de humanidade, amizade, solidariedade, cooperação e de boa vizinhança e de respeito mútuo entre os dois países” e augurou um incremento da cooperação nos sectores de transportes e comunicações, comércio, gestão de recursos hídricos e agricultura.
Com a Alta-Comissária da República das Maurícias, Anne Marie Danielle Perrier, o realçou a relevância de consultas bilaterais contínuas como mecanismo para monitorar e promover o intercâmbio e incentivou a diplomata a empenhar-se para avançar a cooperação nos domínios económicos, destacando também as áreas do turismo e da agricultura, onde as Maurícias possuem experiência significativa, nomeadamente na produção de açúcar.
No encontro com o Embaixador da Guiné, Muriba Alain Kone, o Presidente moçambicano sublinhou o desejo de “continuar a privilegiar o diálogo e aprofundamento da troca de ideias e visões sobre desenvolvimento” e a necessidade de expandir a cooperação para novas áreas de interesse mútuo, incluindo a educação, aproveitando a experiência histórica de professores guineenses em Moçambique.
O Embaixador da Indonésia, Kartika Candra Negara, reforçou compromissos assumidos a nível bilateral, incluindo a criação de uma Força Tarefa Conjunta Moçambique-Indonésia para galvanizar a cooperação nos sectores estratégicos prioritários, especialmente em óleo e gás, educação e bolsas de estudo. Da mesma forma, com o Embaixador do Reino da Arábia Saudita, Ahmad Mohammad Al Wohaib, o estadista destacou a importância de consolidar e expandir a cooperação económica e empresarial, incluindo apoio técnico e investimentos na área de óleo e gás.
Em relação aos países europeus, com o Embaixador de Portugal, José Manuel da Cunha Monteiro, enfatizou-se a importância da troca de visitas de alto nível e o desejo de elevar a cooperação multissectorial; com a Noruega, Egil Thorsa, foram abordadas energias renováveis, óleo e gás e fundos soberanos; com a Suécia, Andrés Jato, priorizou-se o envolvimento do sector privado e o apoio humanitário e à segurança alimentar; e com a Suíça, Nicolas Randin, destacou-se o apoio à pacificação de Moçambique, incluindo na implementação do processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR) dos antigos guerrilheiros da RENAMO; saúde; educação e desenvolvimento rural.
O Embaixador da Federação Russa, Vladmir Nicolaevich Taravov, teve uma audiência focada nos laços históricos de amizade e solidariedade, com ênfase na cooperação económica, participação do sector privado russo e bolsas de formação para cidadãos
moçambicanos. Já com o Alto-Comissário do Canadá, Anderson Blanc, foi reforçado o compromisso com a cooperação político diplomática e o intercâmbio de visitas de alto nível, marcando este ano o 50.º aniversário do estabelecimento de relações diplomáticas com Moçambique.
Ao término das audiências, a ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação destacou que o Presidente da República encorajou a todos os embaixadores a fortalecer e alavancar a cooperação económica com Moçambique, com vista à criação do bem-estar, mas também à criação do emprego para os jovens, e convidou também os diplomatas a trazerem o sector privado dos respectivos países para investirem em Moçambique.
Fonte: O País