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RDC Suspende Exportação de Cobalto por Quatro Meses para Controlar Excesso de Oferta

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A República Democrática do Congo (RDC), maior produtora mundial de cobalto, anunciou na segunda-feira, 24/02, a suspensão temporária das exportações do metal devido a um excesso de oferta no mercado internacional. A medida, decretada pela Autoridade para a Regulação e Controlo dos Mercados de Substâncias Minerais Estratégicas (ARECOMS), vigorará por pelo menos quatro meses.

Regulação da Oferta e Impacto no Mercado

O Presidente da ARECOMS, Patrick Luabeya, afirmou que a suspensão tem como objectivo regular a oferta internacional, numa altura em que o mercado enfrenta uma produção excessiva. O decreto foi assinado por Luabeya e co-assinado pelo Ministro das Minas da RDC, Kizito Pakabomba.

“Esta medida visa regular a oferta no mercado internacional, que enfrenta uma superprodução,” afirmou Luabeya no comunicado oficial.

A proibição de exportação do cobalto – um componente essencial na produção de baterias para veículos eléctricos e dispositivos móveis – entrou em vigor no dia 22 de Fevereiro de 2025. O Governo congolês indicou que a medida poderá ser ajustada ou suspensa após três meses, dependendo da evolução do mercado.

Reacções no Mercado e Impacto nos Preços

A notícia da proibição já teve efeitos imediatos nos mercados internacionais. Os contratos de futuros do cobalto eletrolítico para Março, na Bolsa de Aço Inoxidável de Wuxi, na China, atingiram o limite superior de valorização durante as transações noturnas de segunda-feira, registando um aumento adicional de 2,81% até às 02h39 GMT de terça-feira.

A decisão ocorre após um declínio acentuado nos preços do cobalto, impulsionado pelo excesso de produção e pela desaceleração da procura.

O Papel da Produção Congolesa e das Grandes Mineradoras

O Congo é responsável por mais de 70% da produção global de cobalto. No ano passado, o grupo chinês CMOC (China Molybdenum Co.), maior mineradora de cobalto do mundo, duplicou a sua produção, passando de 56.000 para 114.000 toneladas métricas, devido ao aumento da extracção de cobre em duas minas congolesas.

A decisão da RDC poderá ter um impacto directo na operação de gigantes do sector, como:

Consequências para o Sector Tecnológico e de Mobilidade Eléctrica

A decisão da RDC levanta preocupações entre investidores e fabricantes de tecnologia, especialmente no sector de baterias para veículos eléctricos e inteligência artificial.

Além da liderança na produção de cobalto, a RDC é também o segundo maior produtor mundial de cobre, o que reforça a importância do País no fornecimento global de metais críticos para a transição energética e a indústria de tecnologia.

A suspensão da exportação de cobalto pela RDC representa uma tentativa de equilibrar o mercado e travar a queda dos preços do metal. No entanto, a medida poderá ter efeitos adversos na cadeia de fornecimento global, particularmente no sector de baterias para veículos eléctricos e electrónica de consumo.

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p style=”margin-top: 0in;text-align: justify;background-image: initial;background-position: initial;background-size: initial;background-repeat: initial;background-attachment: initial”>O desenrolar da situação será determinante para os preços do cobalto, as decisões estratégicas de grandes mineradoras e a resposta de mercados-chave como a China e os EUA. A possibilidade de uma extensão da suspensão após três meses pode gerar ainda mais volatilidade no sector.

Fonte: O Económico

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