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Relatório de Avaliação Sectorial de Riscos de Branqueamento de Capitais 2025 Evidencia Vulnerabilidades e Necessidade de Reforço Regulatório

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O Relatório de Avaliação Sectorial de Riscos de Branqueamento de Capitais 2025 apresenta uma análise aprofundada das vulnerabilidades da economia moçambicana face a fluxos ilícitos, sublinhando a necessidade de medidas mais robustas de regulação, fiscalização e cooperação internacional para mitigar riscos sistémicos.


O documento avalia os principais sectores económicos do país, destacando as áreas de maior exposição ao risco de branqueamento de capitais. O sector financeiro e o comércio foram identificados como particularmente vulneráveis, devido ao volume de transacções, à limitada capacidade de monitorização e ao uso crescente de instrumentos digitais de pagamento.

A agricultura, a indústria e a energia, ainda que menos expostos em termos de transacções financeiras complexas, apresentam riscos ligados à fraca rastreabilidade das cadeias de valor, à circulação informal de capitais e à limitada fiscalização em zonas rurais e fronteiriças.

O relatório destaca ainda fragilidades institucionais, incluindo défices de recursos humanos especializados, limitações tecnológicas e insuficiente coordenação interinstitucional. Estas lacunas comprometem a eficácia das acções de prevenção e combate ao branqueamento de capitais, num contexto em que a sofisticação das práticas ilícitas tem vindo a aumentar.

Entre as recomendações, o documento sublinha a urgência de reforçar a capacidade das instituições de supervisão, modernizar os mecanismos de reporte e monitoria de transacções financeiras, e promover maior transparência nas operações económicas. Defende igualmente a intensificação da cooperação internacional, em particular no quadro das convenções multilaterais e redes de inteligência financeira.

Em termos gerais, o relatório alerta que a vulnerabilidade a fluxos ilícitos constitui não apenas um risco reputacional, mas também um entrave ao desenvolvimento económico sustentável, à integridade das instituições e à confiança dos investidores.

Fonte: O Económico

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