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Renato Sanches passou quase um terço da carreira lesionado

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Uma picada na coxa direita e… lá vamos outra vez. Renato Sanches, que conta apenas com 12 jogos e 294 minutos esta época, está novamente de regresso, mas por quanto tempo? Já nem é bem notícia quando se aleija, na carreira de um jogador que com 19 anos e 67 dias venceu o prémio Golden Boy, atribuído ao melhor jovem futebolista a atuar na Europa.

Regressou agora com o Barcelona – entrou bem, enérgico, e até ia marcando um golo – e espera-se que volte a ter minutos este sábado. Será para durar?

Recuemos: Renato Sanches vinha de uma época brutal no Benfica que culminou num grande Campeonato da Europa, onde foi um dos 10 mais utilizados por Fernando Santos na competição vencida por Portugal. Tudo isso lhe valeu uma transferência para o todo-poderoso Bayern de Munique, que pagou 35 milhões de euros por um jovem talento. Nesse negócio chegou-se até a incluir uma cláusula em que o Benfica receberia mais caso o jogador vencesse a Bola de Ouro.

Mas não foi assim. Logo a 11 de julho de 2016, um dia a seguir à final do Euro 2016, foi diagnosticado com uma lesão na coxa. Esforços de uma época em que realizou, entre a equipa principal e a equipa B do Benfica, além da Seleção, 4.137 jogos. Pensou-se que seria o normal desgaste disso mesmo – quem não se lembra de Pedri acabar a época 2021/22 completamente extenuado? -, ainda para mais na primeira época como profissional.

Só que aquela lesão era prenúncio de algo bem pior: dali para a frente foram mais 29 lesões, incluindo a sofrida na final da Taça da Liga contra o Sporting a 11 de janeiro, e que ocorreu durante a marcação de uma grande penalidade. Contando já com essas seis semanas de paragem, o jogador vai completar um total de 860 lesionado em nove épocas. Na prática, é como se estivesse lesionado durante quase um terço de toda a carreira.

Impedido de participar na pré-época no Bayern, passa 60 dias a debelar uma lesão na coxa, a mesma zona que já o traiu três vezes este ano, de regresso ao Benfica, como tantas vezes anteriormente.

Entre todo o calvário, acaba por fazer apenas 905 minutos em Munique, num total de 25 jogos.

Sem convencer a equipa técnica de Carlo Ancelotti, acaba emprestado ao Swansea, da Premier League. Depois de 43 dias de fora, com novo problema na coxa, lesiona-se novamente mês e meio depois, contraindo a pior lesão da carreira até agora: são 110 dias parado e 21 jogos falhados entre clube e Seleção. O problema? A coxa, claro.

Volta ao Bayern para se tentar afirmar, mas o corpo não deixa novamente. Uma lesão na tibiotársica é o ponto baixo numa época em que, apesar de nem ter tido muitos problemas físicos, joga apenas 782 minutos.

A partir daí entra numa espiral negativa só mascarada em 2020/21, onde, apesar das lesões (113 dias lesionados em cinco paragens diferentes), acaba por ser decisivo para o título do Lille. Tão decisivo que consegue nova oportunidade num grande. O PSG chama, e Renato vai.

Contratado pelo PSG em 2022, realizou apenas 27 jogos e 905 minutos até agora, passando grande parte desse tempo emprestado, primeiro à Roma, e agora ao Benfica. Em Itália faz apenas 12 jogos e 262 minutos, intercalados por um total de sete lesões. Em Portugal ainda só fez 12 jogos e 294 minutos. Começa agora a tentar recuperar da terceira lesão da época, a 30.ª da carreira. Mesmo que tudo corra bem, vai passar 139 dias lesionado esta época.

Depois de ter voltado com o Barcelona, espera-se que volte a ter minutos contra o Nacional, num jogo que deve dar para gerir esforços, também a pensar no que aí vem na terça-feira, quando o Benfica for ao Montjuic tentar virar a eliminatória dos oitavos de final da Liga dos Campeões.

A acreditar que vai ter mais sorte daqui para a frente, Renato Sanches tem mais do que espaço para brilhar. Com apenas 27 anos, há muito para fazer.

Fonte: CNN Portugal

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