Rodrigo Mora vs Ángel Di María: o que esperar dos criativos no Clássico

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FC Porto-Benfica. Um duelo que desperta paixões há décadas e que no domingo irá parar os aficionados do futebol português. O estádio do Dragão será o palco dos génios vermelhos e azuis mas há dois jogadores que destoam dos restantes, pela positiva – Rodrigo Mora e Ángel Di María.

São os dois grandes criativos das duas equipas, os grandes desequilibradores no último terço. Têm trajetos, estilos de jogo e contextos diferentes, mas o Maisfutebol comparou os números dos dois jogadores através das estatísticas do parceiro Sofascore.

Relativamente a todas as competições, há que referir primeiro a diferença de utilização entre os dois atletas. Rodrigo Mora participou em 30 jogos, 17 deles como titular e Di María 34, 26 de início. Por jogo, Rodrigo Mora tem uma média inferior de minutos disputados.

O jovem (de apenas 17 anos, sublinhe-se) foi conquistando espaço nas escolhas de Vítor Bruno e só em dezembro mereceu a primeira titularidade. Marcou diante de Moreirense e Boavista e cimentou-se no onze inicial. 

Começando exatamente nesse capítulo, Di María leva vantagem sobre Mora – o argentino soma 15 golos esta época, seis deles de grande penalidade. O jovem portista soma exatamente seis golos, o último deles diante do Estoril, na jornada passada. Curiosamente, ambos tem mais golos do que golos esperados – sinal de eficácia.

O maior número de tentos assinados por Di María também pode estar correlacionado com outra estatística – o número de remates por jogo, em média. Di María soma 2.76 e Mora 1.79, praticamente menos um remate.

Na concretização de oportunidades claras, também Di María é mais eficaz. Marcou nove em 15 ocasiões, enquanto Rodrigo Mora converteu duas em sete chances. 

Sendo estes dois atletas não só finalizadores mas sobretudo criadores de oportunidades de golo, Di María tem sete assistências contra três de Rodrigo Mora. Porém, o português tem um melhor relação entre assistências esperadas do que Di María. Pode indicar que os jogadores servidos por Mora foram mais eficazes do que os colegas do argentino.

Mas, tal como nas estatísticas de finalização, Di María sobrepõe-se nas métricas de criação. Tem mais grandes oportunidades criadas (18 contra sete de Mora), mais passes chave por jogo (2.03 contra 0.79) e mais toques por jogo (49.6 face a 29.0). 

Rodrigo Mora pisa terrenos diferentes de Ángel Di María. Foca-se especialmente no corredor central, junto à grande área adversária, enquanto o mapa de calor do veterano argentino mostra claramente que está bastante presente no corredor direito. Em termos de drible, algo mais associado aos flanqueadores, há quase um empate (Di María com 1.18 e Mora com 0.96). Também nos duelos vence o veterano.

Há, porém, uma estatística em que Rodrigo Mora é claramente melhor – as perdas de bola por jogo. O jovem tem 8.39 e Di María 15.5, desperdiçando quase o dobro da posse da bola. Em suma, o campeão do mundo sobrepõe-se na maioria das estatísticas e teve uma avaliação Sofascore média de 7.55, contra 6.93. Mais uma vez, reforçamos – a estatística não é tudo, mas oferece uma base de análise entre dois jogadores.

Há um número que não se pode ignorar na antevisão desta partida. É a primeira vez que Rodrigo Mora jogará contra o Benfica a nível senior. Do outro lado, Di María fará o 11.º duelo com os portistas, com quatro golos marcados. A irreverência contra a experiência. Quem ganha no domingo?

Fonte: CNN Portugal

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