No jantar de encerramento das comemorações do 110.º aniversário da Federação Portuguesa de Futebol, houve uma surpresa – a presença do antigo selecionador nacional Luiz Felipe Scolari.
Pela primeira vez na Cidade do Futebol, o treinador brasileiro elogiou as condições existentes. Comparando com aquelas que tinha entre 2003 e 2008, Scolari recordou a sua passagem pela Federação Portuguesa de Futebol.
«Não digo que seria melhor porque no nosso tempo, tudo aquilo que foi feito ainda no tempo do Gilberto Madaíl [antigo presidente da FPF], o Carlos Godinho, com as pessoas com quem convivi, foram tempos muito bons. Não havia tudo isto, mas havia outro impulso que deu aquilo que Portugal tem hoje em dia. É espetacular vir aqui e ver que fizemos uma pequena parte para que tudo isto chegasse aqui», analisou em declarações aos jornalistas.
«Fica a amizade, o carinho, tudo o que vivi em Portugal», garante o treinador de 76 anos de idade. «Acompanho às vezes a Seleção Nacional e ainda canto o hino. Estou em casa, ou na praia, de vez em quando há jogo de Portugal e a minha família diz-me assim: ‘Pai, parece que ainda está em Portugal’ é muito bom o que vivi. Desde 2003 até 2008», afirmou ainda.
Questionado se Cristiano Ronaldo ainda fará parte da convocatória da Seleção Nacional para o Mundial 2026, Luiz Felipe Scolari responde afirmativamente.
«Tomara que faça parte. É decisão do Roberto Martínez, não é minha. Está a fazer um ano muito bom, maravilhoso. Estive há pouco tempo na Arábia Saudita e conversei com o Cristiano. Ele tem trabalhado para que daqui a um ano o Roberto o chame. Vencer Mundial? Todos querem, é difícil. Não depende apenas do Cristiano. Depende da equipa, mas o Cristiano tem condições pela maneira como se cuida e como trabalha. Poderá chegar ao Mundial», disse o vencedor do Mundial 2002.
Por fim, Scolari deixou elogios aos treinadores portugueses presentes no campeonato brasileiro, com Artur Jorge e Abel Ferreira em grande evidência.
«Tenho conversado com alguns. Ultimamente conversei com o Artur [Jorge]. Eles têm colocado em prática tudo aquilo que a escola de futebol portuguesa passa na faculdade. Eles adaptam-se muito bem ao Brasil. Os treinadores portugueses têm uma grande estima pelos dirigentes brasileiros e estão a fazer por merecer», atirou o veterano treinador.
Fonte: Mais Futebol